TJ mantém decisão e acusado pela morte de Anna Silva vai a júri popular

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Nesta quinta-feira (19), a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, julgou o recurso de Joel Felipe Cardoso, acusado de matar a ex-mulher, Anna Silvia Cabral, e manteve, integralmente, a primeira sentença de pronúncia, e o suspeito vai a júri popular.

Agora, será marcada a data do júri, que pode acontecer ainda este ano. Na sentença do TJ, ainda conta que o acusado pode responder em liberdade, visto que, em todo o processo, não houve motivos para prisão preventiva.

ENTENDA O CASO

Em abril deste ano, a Vara Criminal da Comarca de Teixeira Soares publicou a sentença de que Cardoso fosse submetido a júri popular. Inicialmente, o caso foi considerado suicídio, porém, com o laudo complementar contratado pela família da vítima, constatou-se que houve alterações no local do crime para que o homicídio fosse visto como um suicídio. Este laudo foi submetido ao Instituto Médico Legal (IML) onde foi ratificado. A vítima foi morta no dia 24 de dezembro de 2012, em Fernandes Pinheiro. O Ministério Público ofereceu denúncia em desfavor de Joel.

O CASO

O caso do suposto suicídio por enforcamento de Anna Silvia, que tinha 34 anos, chocou a região e causou comoção por acontecer na véspera do Natal. Descontente e desacreditada desta versão de que Anna havia tirado a própria vida, a família, então, decidiu realizar uma perícia particular para apurar o caso de outra forma ao longo do inquérito. Uma situação que também chamou atenção é que testemunhas escutaram a vítima pedindo socorro – ato que não corresponde a quem está tentando se suicidar. Em 2015, o Ministério Público de Teixeira Soares denunciou o ex-marido como o autor da morte de Anna Silvia.

No laudo particular, a constatação final foi de homicídio premeditado por estrangulamento. De acordo com o processo da Vara Criminal de Teixeira Soares, a vítima possuía “ferimentos graves, inclusive fratura do osso hióide (fratura esta tecnicamente incompatível com enforcamento e compatível com estrangulamento), e afundamento de cervical (lesão esta também tecnicamente incompatível com enforcamento e compatível com estrangulamento)…”.

O fato ocorreu na residência do casal, por volta das 7h e, segundo a ação, “enquanto a vítima estava ainda sonolenta, aproveitando-se inclusive de sua superioridade física em relação a ela, utilizou-se de recursos que evidentemente impossibilitaram a defesa da vítima”.

Depois disso, Joel teria modificado o cenário do crime e mostrou aos policiais a corda, como se tivesse sido cortada com o corpo da vítima ainda suspenso. Ele também colocou uma cadeira de plástico no local, apontando que Anna havia usado para cometer o suicídio.

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