Colégio Xavier de Irati busca apoio para recuperar biblioteca escolar

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Chefe do NRE esteve na instituição e, junto da direção, para verifcarem o que poderá ser feito/Foto: Reprodução

A terça-feira da semana passada, dia 29 de janeiro, começou triste para o Colégio Estadual Antônio Xavier da Silveira, em Irati. O rompimento de um cano de água alagou toda a biblioteca escolar, prejudicando 80% dos livros didáticos que estavam no local. Agora, a direção busca apoio para melhorar a situação para a volta às aulas na próxima semana, dia 14.

Ao todo o acervo possui cerca de 14 mil títulos, e destes, 2260 didáticos foram perdidos, outros mil de literatura também molharam com a água. De início a direção, junto do chefe do Núcleo Regional de Educação de Irati, Ico Ruva, comunicou ao FDNE sobre a perda, solicitando a reserva técnica, para recuperar alguns exemplares didáticos.

Para resgatar os livros perdidos de literatura, a instituição iniciou um processo pedindo uma renda extra para compra de novos. A concessionária Caminhos do Paraná também irá colaborar com o colégio com a doação de 200 títulos, que devem chegar ainda neste mês.

Mas a direção também pede o apoio da população. “Fazemos um apelo à comunidade iratiense e escolar, se cada um trouxer um livro, peço aos pais para que leiam o verbete de trás e vejam se o livro pode ser aproveitado dentro de uma escola. O mais importante é que se cada um trouxer um livro a gente recupera os mil que perdemos bem rapidamente”, disse a diretora do Colégio, Maria Amelia Ingles.

Mesmo com as dificuldades, a direção não desanima em melhorar a situação. A intenção agora é melhorar o máximo possível o acervo para o início ano letivo. “Esse primeiro momento foi de muita tristeza, uma escola não existe sem uma biblioteca, é a alma da escola. A nossa biblioteca é antiga, que tinha relíquias, que infelizmente algumas foram perdidas. As aulas voltam no dia 14, e a gente espera estar com a biblioteca em ordem para ser usada. Não podemos desanimar, é uma tristeza muito grande, doeu no coração, se vocês olharem as imagens é de doer, é uma tristeza sem fim”, disse Maria Amelia.

OCORRIDO

A diretora conta que as funcionárias do colégio foram trabalhar normalmente no dia 29, e viram água saindo da porta da biblioteca. Nisso foram até o local e constataram muita água no chão, caindo do teto e das paredes. O cano estourou na parte de cima da biblioteca, onde fica a caixa d’água da instituição.

A diretora na tristeza em saber sobre o ocorrido na escola, no momento em que estava em Curitiba. “A tristeza era muito grande, tomamos todas as medidas para que primeiro pudesse estancar o alagamento, para descobrir onde era o vazamento e o que estava acontecendo. Depois a gente fez a limpeza do espaço e a retirada dos livros e da água, para começar a secagem dos exemplares. Infelizmente o prejuízo foi bem grande”, comenta.

Maria Amelia também destaca que os livros, mesmo após secos, não poderão ser utilizados, para não colocar em risco a saúde de quem manusear. “O livro pode secar, mas ele vai ficar com fungos, a criança, ou o adulto, sem querer, poder pôr a mão na boca, ou no olho, e isso também é um risco a saúde. Além disso, os exemplares também ficam borrados e inchados, prejudicando o aprendizado dos alunos”, observa.

REAPROVEITAMENTO

Devido à grande perda, a instituição vai colaborar com o meio ambiente. Como de costume, o material que não será mais utilizado está secando e após irá para reciclagem, reaproveitando para a escola em forma de papel higiênico ou toalha.

“Nós faremos isso para que a gente não perca mais do que já perdemos, porque o dano além de ser material ele também é cultural”, finaliza a diretora.

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