Equipe epidemiológica explica a diferença dos exames feitos para diagnosticar a Covid-19

Existem dois tipos de exames para diagnosticar a Covid-19: o PCR que é feito quando a pessoa está apresentando sintomas da doença, para este exame há um período ideal para coletar o material, que é entre o terceiro e o quinto dia do início dos sintomas gripais, dor de garganta, coriza, febre e tosse. Já o teste rápido deve ser feito quando a pessoa passou por sete dias com sintomas gripais e está durante três dias sem sintomas, isso porque esta pessoa já teve a replicação viral e produziu anticorpos para combater o vírus.

A enfermeira do setor Epidemiológico, Denise Homiak Fernandes, explica a razão de existir dois tipos diferentes de exames e a eficiência de cada um. “Para fazer o PCR a pessoa precisa estar apresentando os sintomas, é feita uma coleta da mucosa nasal, nestas células o vírus vai aparecer. No período que o paciente está apresentando os sintomas é quando há a maior replicação viral, ou seja, tem mais chance de detectar o vírus. No máximo, fazemos a coleta no sétimo dia do início dos sintomas, pois é obrigatório que a pessoa esteja com sintomas para diagnosticar a doença”.

O teste rápido vai mostrar que a pessoa teve contato com a doença, desenvolveu os anticorpos, o IgG e o IgM conferido pela doença, e combateu o vírus no organismo por meio do seu sistema imunológico, por isso não apresenta mais os sintomas.

Denise conta que até semana passada os resultados estavam demorando muito para sair, por isso teve um aumento grande dos casos em investigação. “Acabou sobrecarregando os laboratórios, o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBPM) e o Laboratório Central do Estado (Lacen), que são os dois laboratórios que atendem os exames de PCR. Eles estavam demorando entre sete e dez dias para sair o resultado, mas desde o último final de semana (4) eles estão liberando com mais agilidade, agora, entre dois a três dias já temos o resultado”.

Nos municípios de Rio Azul, Rebouças e Irati houve uma divergência de casos, a enfermeira comenta que depende do cadastro feito dos exames. “Pode acontecer de o profissional não conferir o atual município de residência do paciente e acontece um preenchimento automático, mas depois de conferido os casos que foram para o município errado foram corrigidos pela SESA”, afirma Denise.

A equipe de epidemiologia confirmou na quinta-feira (9) que os dois óbitos que estavam sendo investigados, em Irati, foram descartados, ou seja, duas pessoas que faleceram dias atrás, tiveram o exame da Covid-19 negativo.

Denise esclarece que para estes dois pacientes que faleceram aguardava-se o resultado do exame, foi realizado mais um teste, que é feito após a morte, então, foi confirmado que ambas as mortes não foram pelo coronavírus por dois exames. “Fica o pedido a população iratiense que se cuidem, que não relaxem nos cuidados, mesmo que estejam sobrecarregados achando que o pior já passou. Fiquem em casa, principalmente os que fazem parte do grupo de risco, usem máscara de forma adequada e façam a higienização das mãos sempre, pois é a única forma de evitar o contágio”, finaliza a enfermeira.

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