Padre de Irati sai em missão para Amazonas

Jaqueline Lopes

O Padre de Irati, Fábio Sejanoski, será o quinto sacerdote da Diocese de Ponta Grossa a sair em missão para a Prelazia de Lábrea, no Amazonas, onde atuará no projeto Igrejas-Irmãs. O embarque para o município de Canutama acontece na próxima semana, dia 22. A missa de envio do padre Fábio aconteceu em Irati, no domingo (13), na igreja São João Batista, de origem do sacerdote.
Padre Fábio será o vigário da igreja, e atuará junto o padre Osvaldo Pinheiro, também da Diocese de Ponta Grossa e pároco da São João Batista de Canutama. Ele substituirá padre José Nilson Santos, um dos dois sacerdotes do Projeto. O embarque será junto com o padre Martinho Hartmann, que é o coordenador diocesano da Pastoral Presbiteral, e vai representar a Diocese no ato de substituição.
Fábio conta que a preparação para este momento já acontece há dois anos, pois foi ele quem conversou com o bispo e se dispôs a participar do projeto, agora que surgiu a oportunidade, se sente preparado. Para ele, Deus iluminou a vida para iniciar esta missão. “Quero chegar lá livre, gratuito, sem muita coisa formada na cabeça para fazer a experiência desde o início. E isso me abasteça, e eu caminhe com o povo e aprenda tudo por lá”, destaca. Ele também sonda a cidade, estuda a história e costumes para poder viver intensamente a missão.

“Este é o segredo da missão: fazer as coisas por Cristo, com Cristo e em Cristo, por Deus, porque se a realidade lá é difícil, tudo só vai valer a pena por Deus, assim como na nossa vida. O reino de Deus é sempre uma possibilidade a mais, isso não serve só para missionários da igreja, mas para todos” – Padre Fábio Sejanoski

Para chegar até a cidade de Canutama, padre Fábio e Martinho irão de avião até Porto Velho (RO), onde se encontrarão com padre Osvaldo. Após, vão de ônibus até Humaitá (Amazonas), cerca de 200 km por asfalto e 200km de estrada rural até Lábrea (Amazonas). Depois disso, farão uma viagem de barco de 16 horas. A previsão é chegar no sábado (26).
A igreja matriz de Canutama atende seis comunidades em que há missa toda semana, e mais 21 na beira do rio, que o sacerdote acredita que será o grande desafio. Por serem afastadas a chegada é de barco, e como há falta de dinheiro, um dos motivos que a Diocese adotou a comunidade, a visita acontece duas ou três vezes no ano, pois o barco consome muito combustível, e o padre junto da equipe missionário vai até o local e dorme por lá, e assim por diante até completar as 21. As viagens podem durar dias de uma comunidade para outra
O trabalho que padre Fábio realizará no local será intenso e de uma forma mais social, pois é importante em Canutama. “Acredito que mais do que atendimento de confissões, de direção espiritual, o trabalho na cidade vai ser de visita às famílias, quem sabe de um cuidado, de alguma arrecadação social e tudo mais, isso cotidianamente será a missão, o trabalho da semana e do mês”.
A previsão é que o padre fique por quatro anos em Canutama, e que haja uma alternância de dupla em dois anos, mas a Diocese dá a liberdade de escolha. Assim, o padre pode optar por voltar antes do tempo ou ficar mais alguns anos.

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