Palestras marcam a Semana da Cidadania em Irati

Na última semana, uma série de palestras aconteceu em Irati, na Semana da Cidadania, promovida pelo Observatório Social de Irati, que marcou o Dia Municipal Contra a Corrupção, que discutiu vários temas relevantes à população.

Foram abordados assuntos como a atuação dos observatórios sociais, fiscais de contratos, compliance, importância dos conselhos municipais e finalizando com o combate à corrupção. Em torno de 414 pessoas participaram das oficinas. "Temos a satisfação de dever cumprido, foi uma semana de muito aprendizado e reflexão, aprendemos diversos temas e a importância de todos eles”, disse o presidente do Observatório Social de Irati, Leonel Leandro da Silva

Ele enfatiza que nas palestras foi possível transmitir a missão do Observatório, em contribuir para a melhoria da gestão pública, melhorar a aplicabilidade dos recursos e despertar na população a ética e cidadania. “Nossos agradecimentos aos palestrantes que abrilhantaram o evento com seus conhecimentos e explanações, aos colaboradores e apoiadores, aos nossos Mantenedores, às pessoas que compareceram nas palestras, e aos voluntários do OSB Irati, que viabilizaram a realização deste evento”, agradece o presidente.

A última palestra, com o iratiense e juiz federal, André Wasilewski Duszczak, falou sobre corrupção, onde explicou sobre a parte técnica dos crimes, papel do juiz e sobre a Operação Lava Jato. O juiz palestrou com os presentes de forma simples e efetiva, mostrando o que se caracteriza corrupção, e como favores, envolvendo servidores públicos, podem ser ou não considerado crime de corrupção.

Duszczak também falou sobre a percepção dos brasileiros em relação à corrupção. “As pessoas estão mudando a concepção delas, vendo que dá cadeia, não importa o cargo ou posição, você irá responder pelo seu crime. Por isso é importante a efetividade da Lava Jato, que ela chegue ao fim, que todas as pessoas sejam punidas. Em uma próxima geração, iremos sentir os efeitos, aí veremos se isso foi anulado ou desacreditado pelas pessoas”, completa.

O juiz também comentou sobre o projeto Anticrime, desenvolvido pelo ministro de Segurança, Sérgio Moro, e do papel do judiciário nos casos de corrupção. “O judiciário é inerte. Depois que o processo chega para ele, recebe a denúncia, as provas e na sentença, quando decide, aí sim, verificando o crime de corrupção, ele condena, ou absolve. Aí sim ele estará combatendo a corrupção. Em relação ao projeto do Moro é importantíssimo, excelente, é necessário ser aprovado. Porque ele busca efetividade na prisão de pessoas de colarinho branco, justamente o crime de pessoas mais ricas. Além de outras coisas que estão defasadas e precisam ser alteradas, como a prescrição dos processos”, finaliza o juiz.

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