Reunião Pública sobre possível construção de empreendimentos de geração de Energia Hidroelétrica é realizada em Prudentópolis

Na última segunda-feira (28), foi realizada em Prudentópolis no Plenarinho da Câmara Municipal uma importante reunião pública com o seguinte tema: PCHs (Pequena Central Hidrelétrica) – Danos ambientais nos Rios dos Patos e São João que são formadores do Rio Ivaí. O objetivo do evento foi para esclarecimentos sobre os danos ambientais e as consequências para o turismo local em decorrência da provável instalação de onze empreendimentos de geração de Energia Hidroelétrica junto ao Rio dos Patos e ao Rio São João até a nascente do Rio Ivaí, afetando a região dos respectivos Saltos: São João, Manduri, Barão do Rio Branco, Sete, Consulpool, Cabeça de Lobo e Tira Cisma.

A reunião teve como palestrante o Promotor de Justiça do Estado do Paraná, Especialista em Rios e PCHs, Autor de Projetos sobre o Rio Ivaí e Piquiri na Universidade Estadual de Maringá – UEM Robertson Fonseca de Azevedo. Durante o evento, participaram cerca de 70 pessoas, que representaram vários setores da sociedade de Prudentópolis.

A vereadora Carina Gasparin Rampi (PRB) foi uma das idealizadoras do encontro e faz um balanço das discussões apresentadas na última segunda-feira. “Foi muito importante esse encontro, pois conseguimos levar conhecimento e informação sobre o tema para que tenham condições de aprovar ou não a liberação de PCHs e CGHs (Central Geradora Hidráulica)no município através do Plano Diretor, que será discutido e futuramente aprovado em 2020, importante falar também que a nível federal também está acontecendo discussões a respeito.Durante o encontro houve também bastante questionamentos sobre legislação, pontos positivos e negativos, turismo, entre outros. Além disso, solicitei para que o secretário de Planejamento e obras do município compareça na Câmara de Vereadores para esclarecer sobre se foi autorizado pelo Município liberações e anuências para as PCHS”, conta Carina.

Em Prudentópolis, além dos rios dos Patos e São João serem cabeceiras de uma bacia hidrográfica importante, a do Ivaí que corta o estado de sul à norte, a maior importância é que são berçário de espécies de peixes que vivem no rio Paraná e que sobem as corredeiras do Ivaí, são João e rio dos Patos para se reproduzir. “Com barragens isso seria impossível tanto por conta do obstáculo como pela modificação da correnteza, espécies de correnteza não vivem em lagos de água parada e isso causa uma alteração na fauna aquática”, conclui Carina.

PCH e CGH

As geradoras de energia elétrica de porte pequeno podem ser classificadas em Pequena Central Hidrelétrica (PCH) e Central Geradora Hidráulica (CGH). As Pequenas Centrais Hidrelétricas são usinas com reservatório de até três quilômetros quadrados e com potência instalada entre 1 e 30 MW. As Centrais Geradoras Hidráulicas, por outro lado, são usinas com potência máxima de até 1 MW.

Por serem menores, essas centrais de energia são mais baratas de construir e causam um dano ambiental menor, pois não alagam grandes áreas, preservando o habitat natural das espécies que vivem próximas a elas, além disso, podem ser construídas em rios com menor vazão, onde esses, proporcionam para a descentralização da geração de eletricidade no país.

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