Pai e filha mostram a união familiar nas corridas

Uma paixão que começou no esporte, hoje, une, ainda mais, pai e filha, ambos competem nas corridas da região. Osni Pedro Martins e Francielli Martins, de 57 anos e 26, respectivamente, começaram a correr pelas ruas da cidade, e há três anos, iniciaram nas provas. Juntos já conquistaram 37 medalhas, além dos troféus e terem todo o apoio familiar.

Martins sempre foi um amante do esporte, praticava futebol e já era veterano, quando uma contusão o impediu de jogar e o deixou com tristes lembranças daqueles momentos. Mas, em meio às dificuldades que passou para se recuperar com a fisioterapia descobriu a paixão pela corrida, que o ajudou e conseguiu levar toda a família.

Ele começou a praticar em frente à sua casa na Vila Nova, na cachoeira do Delegravre, há 15 anos, onde corria e conseguia se sentir melhor. Um dia seu amigo, conhecido como Valdir carioca, o convidou para correr nas estradas. “Eu fui, mas ele não me contou que esse trecho era pesado, uma subida. Nessa primeira vez não aguentei, era uma experiência, mas me agradou e continuei vários anos com ele”.

Desde aquela época, já faz 15 anos que o pai percorre as ruas de Irati correndo. Mesmo sem o amigo ao lado, ele conseguiu uma nova companhia de suas duas filhas, Francieli e Gislaine. “Hoje em dia, nós não corremos juntos, mas ficou aquela lembrança, porque ele foi um cara que me incentivou, que deu muita força na hora em que eu precisava, mas a força maior foi o convite que eu tive que fazer para as filhas”, disse Osni.

No início, as duas foram junto com o pai apenas de bicicleta, ele corria na frente e elas iam atrás. Com o passar dos anos, decidiram se juntar ao pai e começaram a correr. “Começamos de bicicleta, mas para nós era a maior alegria. Ele sempre foi um homem motivado, e eu sempre digo que ele é uma inspiração para mim e para todos, porque não é todo mundo que consegue fazer isso. Eu, sedentária, não conseguia nem alcançar ele, aí resolvi enfrentar essa”, observa a filha Francielli.

Foi a partir dela que surgiu a ideia de começar a competir nas corridas de rua que acontecem na região. “Eu pensei: já que nós fomos tão longe, vamos disputar uma corrida para ver o que dá”. Francielli conta que precisou convencer o pai a disputar as provas.

A primeira corrida dos dois foi em Guarapuava, na segunda edição da Corrida Divas do Asfalto, em 2016. A filha chegou em terceiro lugar, já o pai em sexto. “Foi uma experiência sem palavras. Ver a Fran no pódio foi emocionante, porque você nunca sabe o que o seu filho é capaz de fazer. E ela provou que podia e conseguia. Para mim foi uma honra. Viver essa experiência em família é muito bom”, comenta o pai.

Para ele, as disputas ajudam na união familiar. “Ela é uma menina vencedora, me ensinou a competir e a brigar por isso. A gente sempre aprende uma lição de tudo isso, mesmo com os filhos”. Francielli concorda com o pai. “A união familiar ficou mais amorosa depois que nós começamos a correr e competir, estamos mais unidos agora. Por isso que eu digo, o esporte faz a união, faz a força”.

EQUIPE ADRENALINA

A ideia de montar a equipe Adrenalina para competir foi da filha Francielli, que viu o potencial da família para as corridas. Assim, desde 2016, todos correm juntos, cada um na sua categoria. São oito integrantes ao total, além de Francielli e Osni, também participam Terezinha Resionete Martins; Edivaldo Wecelovicz; Gislaine Martins Wecelovicz; Orlei Antônio Martins; Sirlei Rosicler dos Santos; Gilson Augusto Laroccas. “Resolvemos entrar nesse desafio, porque nós podemos, nós somos e acontecemos”, conclui o pai.

Foto: Reprodução

“Eu ensinei a ela a correr e ela me ensinou a competir” -Osni Pedro Martins

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