Pior momento da pandemia

Após um ano de pandemia, não esperávamos que este é o pior momento. A nova variante traz inúmeras incertezas, e tem um adoecimento mais rápido, por mais tempo, atinge os mais jovens e, além de tudo, não há como internar o paciente.

De acordo com o último boletim da Sesa, a macrorregião leste, da qual os municípios da Amcespar fazem parte, 97% dos leitos de UTI estão ocupados, e 87% na enfermaria. Em todas as macrorregiões do estado, o número de ocupação da UTI varia em 95% e 97%. é uma situação muito grave.

A região Sul do país está no momento mais crítico, está assim como os demais estavam no ano passado. Vimos muitas notícias do Norte do Brasil registrar o colapso, várias mortes diárias e agora começou aqui. E neste pior momento, não temos outros estados para ajudar, o país inteiro enfrenta esta calamidade.

 Chegamos ao ponto de escolher quem vai sobreviver, pois não há leitos. A Santa Casa de Irati já informou que entrou em contato com o Hospital Universitário de Ponta Grossa para fazer um protocolo de quem terá mais chances de viver, quem tem condições de ter mais anos de vida. Infelizmente, isso já é real, vai acontecer.

Chegamos ao momento mais crítico da pandemia, a nova variante traz números diferentes daqueles que estávamos acostumados. De acordo com o coordenador do COEF, Agostinho Basso, o número de permanência na UTI tem aumentado. Antes, era de, em média, sete a oito dias, agora, passa para 14 dias, e pode evoluir para melhora no caso ou para um óbito. “O que é muito preocupante é que a média de óbitos dos pacientes que vão para a UTI está próxima de 50%, de cada 10 pacientes, cinco não voltarão para suas casas. A média da enfermaria está em 25% dos que podem vir a óbito. Isso é muito grave porque na primeira fase era mais leve esse adoecimento”. A situação é complicada e preocupante.

Mesmo que o Brasil tivesse mais leitos não seria possível salvar todos, a falta de profissionais de UTI e a escassez nos medicamentos utilizados não permitem tratar a todos. O momento agora é de colapso e só resta nos cuidar.

Lavar as mãos com frequência, usar álcool gel, usar máscara, distanciamento social, e principalmente, não aglomerar, em nenhum local, nem em casa e nos estabelecimentos, nas ruas. O lockdown em Irati nos fins de semana é para ficar em casa, não passear, visitar parentes, quanto antes entendermos isso, mais rápido sairemos desta. O mais importante é tomar os devidos cuidados para evitar a contaminação. Só assim iremos passar por esta fase bem.

 

A retomada da economia brasileira e o cenário energético

Por Valdo Marques*

São inegáveis os diversos impactos suportados por empresas, dos mais diversos setores no Brasil, em razão da pandemia de Covid-19 nos últimos 12 meses. Não obstante as centenas de milhares de mortes causadas pelo vírus, o país também se viu mergulhado em uma crise sem precedentes, resultando em desafios que transcendem, neste momento, a esfera da Saúde.

Nesse sentido, cerca de um ano após os registros dos primeiros casos de Coronavírus no Brasil, é preciso assegurar condições para o crescimento dos setores que contribuirão para a retomada econômica aguardada por todos. A partir do desenvolvimento e da aplicação em massa das vacinas, o que se espera é que o país inicie novamente sua caminhada, em um cenário que ainda exigirá muita organização e resiliência.

O setor elétrico é fundamental para que esta retomada ocorra de maneira pujante, sustentável e segura. É preciso fomentar os segmentos que serão essenciais, não somente no esforço de “fazer a roda da economia girar” novamente, mas também para mantê-la em funcionamento adequadamente.

Atualmente, o gasto com energia elétrica no Brasil representa entre 7% e 8% dos custos de uma empresa. Por isso, a demanda cada vez maior, de companhias dos mais diversos portes, por soluções inteligentes para promover um melhor aproveitamento energético em suas atividades, reduzindo ou otimizando essa despesa que representa uma parcela tão importante de seus orçamentos.

É necessário também entender, e levar em consideração, o impacto direto da pandemia no próprio setor de energia. Relatório recente da Agência Internacional de Energia (AIE) apontou para uma previsão de queda de 6% na demanda global de energia em 2020. O resultado representa um decréscimo sete vezes maior do que o registrado logo após a crise financeira global de 2008.

Ainda que o isolamento das pessoas em suas casas possa ter ampliado de forma tímida o consumo de energia, a balança ainda se revela negativa quando levado em consideração o tempo inativo de empresas por todo o país.

Há um esforço neste momento, através da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), para que o mercado de energia possa se recuperar de forma vivaz em 2021. No último mês de dezembro, por exemplo, houve a aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que a Câmara pudesse atuar no âmbito da judicialização do risco hidrológico. Trata-se de uma medida que poderá liberar aproximadamente R$ 9 bilhões nos primeiros três meses deste ano, devolvendo liquidez ao setor e proporcionando um ambiente propicio a novos investimentos e geração de empregos.

Empresas e consumidores anseiam cada vez mais por soluções que lhes tragam eficiência, segurança e, principalmente, despesas menores. O setor está atento a estas demandas, alinhado também às proposições relativas ao fortalecimento da chamada “energia verde”, por todo o país.

É premente às empresas no Brasil, diante de um cenário de profundos gargalos em infraestrutura estatal, que busquem soluções seguras, que permitam sua recuperação e a retomada do crescimento. Nesse sentido, a utilização de grupos geradores de energia, garante uma solução eficaz e imediata, às turbulências geradas pela falta de investimento público na infraestrutura nacional como um todo.

A recuperação da economia brasileira em 2021 caminha lado a lado com o fortalecimento e fomento de diversos setores. Players e entidades que representam o setor elétrico estão cientes de suas responsabilidades diante deste cenário, confiantes de que suas capacidades e lideranças mantiveram-se resistentes frente às adversidades enfrentadas no último ano.

Autor: Valdo Marques é Vice-Presidente Executivo da Stemac, empresa que oferece soluções em Grupos Geradores comercial, empresarial e industrial

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