Situação da Dengue ainda é preocupante em Irati

Mais uma vez, Irati está em estado de risco com a Dengue. Mesmo após várias tentativas de prevenção e ações, ainda continua a situação e a presença do Aedes Aegypti. Até agora, dois casos foram confirmados. Em todo o município, mais de 407 focos foram encontrados, principalmente nas residências.

Em Irati, são investigados 15 casos suspeitos de Dengue, sendo todos importados. O Centro ainda é o local com mais focos, só neste ano, foram cerca de 54 encontrados. Dos casos confirmados da doença, um é comum e a outra hemorrágica.

O calendário da equipe de endemias funciona de forma diferente, contando de agosto até julho do próximo ano, e neste período inicial, foram vistoriados cerca de 10.733 imóveis, e 2.206 residências e imóveis fechados.

A coordenadora de endemias de Irati, Denise Aparecida Pericles, explica que os agentes não tem tido dificuldades em entrar nas residências – antes existia uma resistência por parte da população, mas que o trabalho deles é de orientar e verificar. “Os agentes fazem as visitas, conversam com os moradores, sempre dando informações. Muita gente confunde o trabalho deles, querem que façam a limpeza nos pátios, mas esse não é o trabalho e sim eliminar o criadouro”, explica.

De acordo com a secretária de Saúde de Irati, Jussara Kublinski Hassen, os terrenos que não tem moradores estão sendo fiscalizados pelos agentes de endemias, que procuram sabem quem é o proprietário, que é notificado e tem um tempo para limpar, se não for limpo, o dono é multado e o valor é cobrado no IPTU.

“A situação é séria. A gente precisa desse controle, e nós pedimos a colaboração da população. Não podemos deixar virar uma epidemia, porque fica sem controle, precisamos mesmo que a população se mobilize, não só o seu, mas ver o do lado”, enfatiza Jussara.

Denise também destaca a importância da colaboração da população para denunciar locais e manter tudo limpo. “Nós recebemos denuncias que a população faz na ouvidoria, e no trabalho do dia a dia os agentes vão sondando os terrenos baldios. Temos os pontos estratégicos que é feito a cada 15 dias. Mas a gente conta com a população, em ligar, nos informar e ajudar. Este seria o trabalho conjunto de todos nós”.

REGIÃO

A região também passa pela situação. Além de Irati, Imbituva está infestado com a Dengue. Com todos os municípios que fazem parte da 4ª Regional de Saúde, já há 49 casos em investigação, mas nenhum autóctone, ou seja, não foram adquiridos nos municípios, são pessoas que viajaram para outros lugares e podem ter contraído a doença.

USO DO INSETICIDA

O país todo está sem inseticida no momento, segundo o chefe da 4ª Regional de Saúde, Walter Trevisan, a responsabilidade de compra e entrega do inseticida é do Ministério da Saúde, e o antigo material utilizado, da marca Malathion, não tem mais eficácia contra o mosquito. Por isso foi necessário adquirir um novo, que precisou de testes para ser utilizado.

O chefe da regional explica que a compra do novo veneno já foi feita, o Cileo, porém por problemas de embargos alfandegários não chegou ao Brasil, mas a situação já foi resolvida. Na segunda-feira (9), o Ministério da Saúde sinalizou aos técnicos em Curitiba que o veneno deve chegar ao Paraná nos próximos dias, e depois será entregue às regionais, após, aos municípios para fazer o fumacê.

COMITÊ REGIONAL INTERSETORIAL

Neste ano, foi criado o Comitê Regional Intersetorial da Dengue que foi uma determinação do próprio governador do estado, e do secretario estadual de Saúde, Beto Preto, em que todos os órgãos do governo compõem esse trabalho em que decidem como será feita a mobilização para levar a prevenção da Dengue. “Estamos trocando ideias, mobilizando a Secretaria de Educação que tem um papel importantíssimo nesse momento, em levar para dentro das escolas esse comportamento de cuidar do seu terreno, que é isto que cria a presença do Aedes, é só com água parada. Então é importantíssimo o papel de cada um neste momento”, conclui Walter.

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