Futsal feminino inicia atividades em Irati com a Copa Wisa

Terceira edição da competição homenageia Vanessa Borsatto (Tuca) e oito equipes disputam o lugar mais alto no pódio

Na sexta-feira (22), o futsal feminino dá mais um passo para ganhar, cada vez mais, espaço no cenário de competições no calendário regional. A Copa Wisa inaugura suas rodadas no ginásio Agostinho Zarpellon Júnior (Batatão), em Irati. O torneio deste ano homenageia a educadora física, Vanessa Borsato (Tuca), umas das mais antigas propagadoras do esporte em nossa região.

As disputas envolverão oito equipes que representarão Teixeira Soares, Rebouças, Mallet, União da Vitória e Irati. A atual campeã e equipe a ser batida é a união-vitorense, que venceu as duas outras edições da competição. A primeira rodada já tem seus confrontos e horários definidos. Acompanhe:

Sexta Feira (22)

Ginásio Agostinho Zarpellon Júnior (Batatão)

19h15 – Faxinal dos Francos Rebouças   x   Dario Veloso Mallet

Sábado (23)

Ginásio Agostinho Zarpellon Júnior (Batatão)

18h – Montana Irati Futsal/Domingues Terraplanagens   x   Novo Futsal Irati

19h15 – União da Vitória  x  América Feminino EC

20h30 – As Galáticas Teixeira Soares  x  Santa Fé

SISTEMA DE DISPUTA

As oito equipes foram dispostas em dois grupos, cada um com quatro, que farão jogos em turno único no grupo. As duas melhores classificadas avançam para a fase subsequente. A semifinal e a final, serão decididas em partida única, em caso de empate, a decisão segue para as penalidades.

Confira a disposição dos grupos:

GRUPO A: União da Vitória, Faxinal dos Francos Rebouças, Dario Veloso Mallet e América Feminino EC

GRUPO B: Galáticas Teixeira Soares, Montana Irati/ Domingues Terraplanagens, Novo Futsal Irati e Santa Fé

HOMENAGEADA

Vanessa Borsato (Tuca), a “Pérola do Interior”

Matéria publicada na época, destacando sua capacidade de chegar à Seleção Brasileira

Nascida em Coronel Martins (SC), tomou gosto pelo futebol ainda na classe multisseriada da escola do interior catarinense, onde o futebol era jogado de pés descalços e com bola de capotão número três. Quando ingressou na quinta série, meninas não jogavam futebol e ela, como era apaixonada pela bola, jogava com os meninos. Foi assim que aprendeu muito com eles.

Amava jogar futebol, desenvolveu habilidades iguais às dos meninos. Era elogiada seguidamente pelos adultos, porém, passou por muito preconceito. A concepção da sociedade onde vivia dizia que “futebol não era esporte para mulher”, e isso levou seus pais a proibirem de praticar a atividade que mais adorava. Após muitos castigos e persistência, a família foi aceitando e incentivando acanhadamente seu retorno ao esporte.

Chegou aos 14 anos em Mallet, o ano era 1995. Continuou jogando na escola e em campeonatos do município. Logo, sua professora de educação física a levou para jogar por equipes de outras cidades que disputavam mais campeonatos. Com 16 anos, conseguiu teste no Coritiba Foot Ball Club. Foi uma “peneira” com muitas garotas, onde jogou por apenas 15 minutos, tempo suficiente para mostrar seu talento e ingressar na equipe. Permaneceu por dois anos e meio no “Coxa”, pois mesmo com a diretoria ajudando financeiramente, não existia salário para as atletas, o que impossibilitava sua permanência. Resolveu então se dedicar aos estudos formando-se posteriormente em Educação Física pela Unicentro.

Em 2007, fez outra “peneira” em Chopinzinho, italianos estavam à procura de atletas. Ela e mais quatro jogadoras foram convocadas para jogar pela Societá Polisportiva Dilettanistica Femminile Preci, na Itália. Porém não pôde comprovar sua dupla cidadania e ficou impossibilitada de atuar pela equipe.

Para coroar esta brilhante trajetória, destacam-se regionalmente os títulos dos Jogos Estudantis da Primavera, pela Unicentro e a Copa Amcespar, pelas seleções de Mallet e também de Irati.

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