Familiares de presos fazem protesto por testagem em massa nas penitenciárias do Paraná

Familiares e amigos dos presos no sistema penitenciário do Paraná, organizados no Movimento Todas na Mesma Causa, fazem na tarde desta quarta (5) manifestação na frente do Palácio do Iguaçu e do Palácio da Justiça, no Centro Cívico, em Curitiba. Eles  pedem testagem em massa para os detentos e identificação daqueles que foram infectados pelo coronavírus, entre outras reivindicações. ""Estamos reivindicando o teste em massa no sistema penitenciário, os nomes dos contaminados e outras providências e não fomos ouvidos. Já fizemos outros protestos com menos pessoas, mas como não estão nos ouvindo, a manifestação está aumentando", disse Karina Correa, uma das organizadoras do movimento.

Segundo Mapa de Monitoramento da Prevenção de Coronavírus nas unidades penais do Paraná, do Sindicato de Policiais Penais do Paraná (Sindarspen), há 355 presos confirmados com Covid-19 e uma morte pela doença nas prisões do Paraná.  Entre os agentes penitenciários paranaenses, há 146 testados positivamente e uma morte confirmada nesta quarta (5). 

Há três semanas, o grupo já acampou na frente de Departamento Pentenciário do Paraná (Depen) por alguns dias e  na semana passada, conversou com integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Paraná (OAB), mas até agora, segundo os organizadores, nada de concreto aconteceu. Segundo manifesto divulgado pelo movimento, no Paraná, "as denúncias indicam que é urgente e necessário articular ações para evitar mais a tragédia do coronavírus em curso, pois, ao contrário do que afirmam as autoridades, não está tudo bem!". Os manifestantes pedem testes para a população carcerária, adoção de medidas sanitárias, retorno do mutirão judiciário para reduzir a população carcerária, normatização da entrega de alimentos, roupas, cartas e remédios durante a pandemia, além de regularização de visitas aos detentos, seja presencialmente ou virtualmente.

No Paraná são cerca de 30 mil pessoas presos.  Segundo o manifesto do movimento, há denúncias de falta de água, devolução de sacolas de alimentos e higiente enviadas pelas famílias, presos com sintomas de coronavírus sem isolamento e omissão de testes. 

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