Secretário de Saúde do Paraná recomenda a volta no uso de máscaras

Amanda Borges, com reportagem de Nilton Pabis

Durante a cerimônia de entrega dos novos leitos de UTI da Santa Casa de Misericórdia de Prudentópolis, na quarta-feira (8), o secretário de Saúde do Paraná, César Augusto Neves Luiz, reforçou a importância da vacinação, afirmando que essa foi a medida mais eficaz para o controle nas mortes por COVID-19 no Paraná. Ainda, ele recomendou a volta no uso de máscaras em ambientes não ventilados ou lotados, bem como para pessoas consideradas imunossuprimidas.

Na ocasião, o secretário afirmou que o momento é de alerta. “Nós só chegamos neste momento, no equilíbrio no número de perdas de vidas humanas, de óbitos por COVID-19, indubitavelmente graças a vacinação. Nós não podemos retroceder nem baixar a guarda. Eu como médico não tenho dúvida nenhuma que nós só conseguimos este estado de equilibrio, principalmente da perda de vidas, as taxas de letalidade, graças a vacinação”, afirma Luiz.

“Eu como médico não tenho dúvida nenhuma que nós só conseguimos este estado de equilibrio, principalmente da perda de vidas, as taxas de letalidade, graças a vacinação” – Secretário de Saúde do Paraná, César Augusto Neves Luiz.

Ainda, o secretário lembrou que a vacinação contra o vírus influenza também segue ocorrendo. De acordo com ele, apenas 54% dos paranaenses se vacinaram contra a doença e que este dado precisa subir para a segurança de todos. “Vacinar é um ato de amor, venham fazer as vacinas, e vamos colocar em dia a nossa carteirinha vacinal”.

Ele também frisou que as campanhas de vacinação têm como objetivo não somente a propagação das doenças, mas também evitam que ocorra um colapso no Sistema Único de Saúde (SUS). “Uma vez que o nosso povo estiver imunizado, nós vamos desafogar as UPAS, os pronto-atendimentos, vamos evitar que um paciente desse venha a ocupar um leito de UTI”.

O secretário explica que as metas nas campanhas de vacinação paranaense sempre foram batidas com muito êxito, acima de 90% da cobertura. Contudo, no último ano esse dado caiu para 60% e, em um plano nacional, a porcentagem diminui ainda mais, ficando em 46%. “Essa é uma situação de risco, porque nós criamos um ambiente epidemiológico que pode facilitar a volta de doenças tidas como erradicadas, como sarampo e a poliomielite”.

Com relação a retomada no uso das máscaras, o secretário voltou a dizer que a medida não é obrigatória, mas sim recomendada, especialmente sob algumas condições específicas. “Ambientes com grande circulação de pessoas, ambientes fechados, pessoas imunossuprimidas, pessoas que estejam fazendo tratamento oncológico, áreas de pouca aeração, áreas de transporte coletivo, enfim, onde as pessoas se sentirem inseguras tem o direito de usar a máscara”.

Ele também afirmou que o uso de máscaras não voltou a ser obrigatório pois a medida ainda não é necessária, tendo em vista os dados epidemiológicos. “Nós não decretamos o uso de máscara ainda porque os nossos dados epidemiológicos e, principalmente, os nossos índices de mortalidade, graças a Deus, não tiveram impacto a despeito no número de casos”.

DENGUE

A respeito da Dengue, o secretário explicou que a doença segue um ciclo sazonal de crise, voltando se tornar preocupante de dois a três anos. Em 2022, completa-se três anos desde a última grande crise da doença, que foi em 2019. Neste ano, foram mais de 200mil casos confirmados. Hoje, já se contabilizam 95 mil casos no Paraná. “Nós dependemos principalmente da conscientização das famílias, com seu vasinho de água, sua garrafa pet destampada, com o lixo, com os entulhos”, finalizou o secretário.

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