Criminosos implantam o terror, fecham cidade, fazem civis de reféns e deixam três feridos em Guarapuava

Amanda Borges

A noite do domingo de Páscoa (17) dos moradores de Guarapuava foi estampada por cenas de puro terror. Criminosos, fortemente armados, invadiram a cidade e implantaram o terror a todos os moradores enquanto tentavam assaltar uma transportadora de valores. Para dificultar a ação das autoridades, o grupo incendiou veículos em frente ao Batalhão da Polícia Militar e nas rodovias de acesso ao município. Os assaltantes não conseguiram concluir a ação e, até o momento, não existem informações sobre valores subtraídos no crime.

A troca de tiros iniciou por volta das 22h e o número de criminosos ainda é incerto, mas, de acordo com o Portal G1, cerca de 30 pessoas estariam envolvidas e sete carros blindados foram utilizados para a invasão. Parte dos integrantes do grupo se posicionou nas ruas da cidade, cenas que foram registradas e compartilhadas pelos moradores aterrorizados. Além disso, o barulho dos tiros disparados pela polícia e pelos criminosos foi ouvido em toda a cidade. Assim que o ataque a Guarapuava foi confirmado, a Polícia orientou que os moradores não saíssem de suas casas.

A medida para contenção do caos instaurado pelos criminosos foi o cercamento da cidade realizado pela polícia, que surtiu o efeito desejado. A equipe do 16º Batalhão de Polícia Militar (BPM) encontrou com os criminosos na área rural do município, em tentativa de fuga. Ao serem abordados pelos policiais, os assaltantes abandonaram os veículos, com armas e munição dentro, e fugiram. A ação da polícia terminou no início da manhã desta segunda-feira (18), por volta das 5h45. Os moradores foram liberados e informados que poderiam sair de suas casas sem nenhum risco.

“Nós frustramos a ação deles e eles acabaram saindo da cidade. E aí sim, nos bloqueios que nós fizemos acabamos tendo o confronto na área rural, saídas de rodovias. Dos sete veículos utilizados na ação, cinco foram alvejados e os meliantes sairam para o mato”, afirmou o tenente-coronel Joas Marcos Carneiro Lins, comandante do 16º BPM, em um áudio.

Ouça o áudio do Major.

Áudio do comandante do Batalhão de Polícia Militar de Guarapuava

FERIDOS

Na troca de tiros, dois militares e um civil acabaram se ferindo. De acordo com o G1, Cabo José Douglas Bonato foi atingido por uma bala em membro inferior, passou por cirurgia, mas está consciente e não corre risco de vida. Cabo Ricieri Chagas foi atingido por arma de fogo na cabeça e segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), intubado e em coma induzido. Seu quadro é estável.

As informações pessoais sobre o civil ferido não foram disponibilizadas, mas a Prefeitura informou que ele foi atingido no braço e que está fora de risco.

SITUAÇÃO ATUAL

Graças aos muitos compartilhamentos e postagens sobre a ação, muitas fake news circularam pelas redes sociais. Para esclarecer os fatos ocorridos e tranquilizar a população sobre o atual estado da segurança na cidade, na manhã de hoje, segunda-feira (18), o tenente-coronel Joas Marcos Carneiro Lins, comandante do 16º Batalhão de Polícia Militar (BPM), se pronunciou por meio de áudio.

Nele, o comandante garante “a cidade está na tranquilidade. As aulas podem continuar, o comércio pode continuar aberto”. Ainda, ele confirma o ataque ao Batalhão, mas conta que a Polícia estava preparada, por conta das ações parecidas que tem se desenrolado em outros lugares do país. O plano de contingência nesse tipo de crime consiste no cerco da cidade, atitude tomada de prontidão pela polícia.

IRATI E REGIÃO

Devido à ação, os moradores das cidades vizinhas a Guarapuava se questionaram se seria possível que um crime semelhante viesse a ocorrer nesses municípios ou, então, que pudessem ser rota ou destino de fuga dos criminosos.

Sobre o assunto, a Tenente Thaísa Nabozny, da 8ª Companhia Independente de Polícia Militar de Irati, esclarece que a possibilidade existe, mas que a polícia está preparada para trabalhar em defesa da população. “Estamos sempre trabalhando com a possibilidade de ocorrer esse tipo de situação em nossa região. Nossas equipes trabalham de maneira integrada com as unidades próximas, trocando informações e fazendo levantamentos”, afirma.

Foto: Reprodução WhatsApp
Foto: Reprodução WhatsApp
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