Investimento público estimula o emprego e gira a economia

Por Newton Bonin

Depois de dois anos de restrições que impuseram novos costumes ao cotidiano das pessoas, afetando o trabalho, a produção e a liberdade dos brasileiros – nosso bem maior! -, retomamos uma certa normalidade da vida. Mas muitas coisas ficaram para trás e precisam ser resolvidas sem mais demora.

Há grandes preocupações que permeiam a nossa sociedade: como equilibrar o alto custo de vida com a renda do trabalhador e como reduzir a alta taxa de desemprego. Acredito que todos concordam que é urgente resolver os problemas causados pelo desemprego e alavancar a prosperidade econômica. Mas como fazê-lo?

Foto: Reprodução

Uma das respostas possíveis neste momento é o aumento dos investimentos públicos em obras e serviços. Há ainda a questão da reforma tributária e a necessidade de mais avanços na modernização das leis trabalhistas, para que se privilegie a conquista de oportunidades de emprego e renda.

Outras situações críticas que precisam ser resolvidas com urgência abrangem a questão dos juros, que privilegia o sistema rentista do Brasil e ignora a produção de bens, e a injusta distribuição dos impostos federais que pagamos, prejudicando estados e municípios. O Paraná, por exemplo, recebe de volta apenas um terço do valor que envia anualmente para a União.

Máquina ineficiente


Com o dinheiro dos tributos concentrado nos cofres de Brasília, que absorve 2/3 da arrecadação, somos obrigados a alimentar uma máquina pública ineficiente e que gasta mal, sem contar com os desvios. Em paralelo, vemos obras federais paradas nos municípios e nos estados por descaso, incompetência, falta de fiscalização e ausência de punição dos causadores dos prejuízos de bilhões de recursos públicos.

Apesar do reinício de alguns projetos, há milhares de obras ainda paralisadas no Brasil, somando quase R$ 100 bilhões em investimentos federais, estaduais e municipais. É necessário retomar este acervo de obras para fazer a roda da economia começar a girar mais rápido. Isso gera empregos diretos e indiretos. Além disso, faz o dinheiro circular, movimentando o comércio e a indústria. Não há como aceitar a situação atual e é preciso uma posição firme para que as coisas aconteçam.

“Vemos obras federais paradas nos municípios e nos estados por descaso, incompetência, falta de fiscalização e ausência de punição dos causadores dos prejuízos de bilhões de recursos públicos” – Newton Bonin

Menos Brasília, Mais Brasil


Defendo o lema Menos Brasília e Mais Brasil, com o fortalecimento de estados e municípios. É na cidade que as pessoas vivem e é ali que precisam acontecer os investimentos para resolver as dificuldades econômicas e sociais da sociedade.

Não é justo que a União fique com a maior parte dos altos impostos que todos nós pagamos. É por isso que devemos trabalhar juntos. Isso inclui agentes políticos, empresários e a sociedade em geral. Menos Brasília significa melhor qualidade de vida para a nossa gente.

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