Hidrogênio do Brasil, para exportação

Por Silvio Lohmann

O Brasil tem condições de se transformar em potência mundial na produção de hidrogênio verde, que muitos estudos classificam como o combustível do futuro. Ele é resultado da eletrólise da água, que é realizada a partir de uma carga de energia de fontes renováveis como a solar e eólica, abundantes no País. Os portos do Pecém, no Ceará, e do Açu, no Rio de Janeiro, já têm projetos para abrigar plantas de produção e plataformas de exportação do produto.

Ceará quer ser hub


A Europa prepara normas para transformar o hidrogênio verde em uma commodity, abrindo um mercado global para este tipo de gás. Uma das ideias dos europeus é substituir o carvão ou o petróleo na alimentação de grandes parques industriais, como as siderúrgicas, além de movimentar máquinas pesadas. No Brasil, o governo do Ceará é o mais adiantado no incentivo à implantação de unidades de produção para fazer do Estado um hub de movimentação do combustível.

UE e EUA mais verdes

Foto: Shutterstock


Atualmente, o hidrogênio representa 2% da matriz energética da União Europeia. O bloco pretende elevar essa participação para 14% até 2050. Para isso, os países pretendem investir algumas centenas de bilhões de euros. Os EUA também incluiu o hidrogênio verde na política energética do País. Para estimular a produção, o governo americano deve criar subsídios e mecanismos legais para reduzir os custos operacionais em 80% até 2030.

ESG by Paraná 1


A iniciativa do Governo do Paraná para fazer avançar a agenda ESG no Estado, por meio de parcerias entre órgãos públicos e a iniciativa privada deu mais um passo nesta semana. Foram formadas duplas de trabalho para desenvolver ações ambientais e sociais. A Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) se juntou a três empresas. Com a Klabin vai tratar de resíduos sólidos, enquanto a Biodiversidade será estudada em conjunto com a Itaipu Binacional e os Gases de Efeito Estufa com a JBS.

ESG by Paraná 2


No campo ambiental, há ainda temas como a Água, que vai reunir a Sanepar e a BRF e Energia, sob responsabilidade da Copel e Volkswagen. O viés social vai unir a Mondelez e a Superintendência Geral de Diálogo e Interação Social (Sudis) para pensar ações de impacto direto nos cidadãos, líderes e pequenas e médias empresas. A Diversidade é um dos temas que receberá atenção.

Qual combustível?


Gigantes da indústria automotiva estudam caminhos diferentes para alcançar a descarbonização de motores e a transição para combustíveis limpos. A Toyota, que já vende carros híbridos e um modelo movido a hidrogênio, aposta na variação de combustíveis. A Volkswagen sinaliza que irá se concentrar em soluções para a motorização elétrica.

Volks na pole


Um estudo da Bloomberg Intelligence avalia que a Volkswagen vai ultrapassar a Tesla em volume de vendas de veículos elétricos até 2024. A montadora alemã deve alcançar uma escala de produção maior, superando a capacidade da empresa americana. Além disso, está desenvolvendo soluções de baterias – ao custo de bilhões de euros – para convencer o consumidor a confiar na sua tecnologia de zero emissões.

Preço das imposições


Carlos Tavares, executivo 01 da Stellantis, aliança que reúne os grupos Peugeot-Citroën (PSA) e Fiat Chrysler (FCA), informou que as marcas irão vender apenas carros elétricos na Europa a partir de 2030. O número de modelos com esta tecnologia começará a crescer a partir de 2026. Tavares lidera investimentos de US$ 35 bilhões para mudar o sistema de motorização dos veículos, mas tem sido crítico das imposições políticas para apressar a transição. Ele estima que os carros elétricos não serão acessíveis para boa parte da população em razão do alto preço.

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