Casos de Covid-19 começam a diminuir em Irati

Segundo o enfermeiro e coordenador do Centro de Operações Especiais e Fiscalização (COEF), Agostinho Basso, Irati está colhendo os resultados do último decreto, que foi publicado dia 30 de agosto, que permitiu a flexibilização das praças e parques, práticas esportivas, e outros fatores que levaram ao aumento de casos no município. O feriado de 7 de setembro ainda pode refletir com resultados na próxima semana.

O enfermeiro fala que a atual preocupação está nos encontros familiares, pois no trabalho, no lazer e nas ruas, as pessoas já se acostumaram com os cuidados, porém quando estão em família acabam descuidando. “O COEF sempre pensou na saúde e na economia, pois uma precisa da outra, mas o que mais nos preocupa são as contaminações familiares, porque sabemos que perdemos os hábitos de higiene quando estamos em casa. Da impressão que a população está cansada de se cuidar, pois já faz sete meses que estamos na pandemia, a esperança de uma vacina acabou diminuindo e as pessoas estão viajando e visitando seus parentes sem manter os devidos cuidados”, explica o coordenador.

Com a chegada do calor, muitas pessoas estão indo a cachoeiras e parques, e formando aglomerações, sem o uso de máscaras e medidas de higiene.

O cálculo da taxa de incidência do coronavírus é feito semanalmente, se faz uma média por 100 mil habitantes. Há 14 dias Irati tinha uma taxa de 5,91 de contaminação, no último cálculo feito, que são os últimos sete dias, subiu para 10,16. Em números absolutos, é feito, a partir da taxa de incidência, uma média móvel, que nos últimos 15 dias estava em três contaminados por dia, ou seja, cerca de três pessoas adquirem o vírus por dia. Nesta última semana, a média subiu e cerca de três as quatro pessoas se contaminam por dia.

Basso afirma que apesar de ter tido este aumento, ainda assim é possível perceber uma estabilidade do vírus. “Estas médias mostram que estamos no platô, que é um equilíbrio com tendência a queda, em Irati, já faz quase um mês que não acontece nenhum óbito, e isso é muito bom, tudo tem que ser avaliado olhando para o estado do Paraná e também para o país”, disse o enfermeiro.

Em relação as mortes, são considerados os números de habitantes de cada município, neste caso, o município que está com a taxa de letalidade maior é Rebouças, com a média de 10,71, pois tem um número pequeno de habitantes, mas já registrou três óbitos. Imbituva teve nesta semana duas novas mortes causadas pela Covid-19, e tem a taxa de 3,91; Teixeira Soares tem 3,45; Fernandes Pinheiro tem 3,23; Mallet 3,13 e Irati está com 2,68, e os demais municípios da 4a Regional de Saúde estão com zero, por não terem registrado nenhuma morte pela doença.

LEITOS DE UTI

No estado do Paraná, 70% dos leitos de UTI estão ocupados, e 324 leitos livres. “Não ter vaga na Santa Casa e no hospital Regional não significa que é motivo de desespero, pois os pacientes podem usar os leitos de todo o estado”.

Com a pandemia os leitos de UTI tiveram um grande investimento por parte do governo estadual, só para a Covid-19, são 2.400 leitos, que no início da pandemia eram apenas 1.200.

NO PARANÁ

Foi registrado até quinta-feira (24), 167.144.00 casos de Covid-19 no Paraná, com um total de 4.201 óbito. “Pode acontecer de irmos nos acostumando com estes números, mas eu gosto sempre de lembrar que podemos comparar com acidentes, é como se 100 ônibus se acidentassem no Paraná e todos os passageiros morressem, então é sim uma tragédia”.

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