Em cinco anos, Prefeitura de Irati conclui 33 obras herdadas da Gestão anterior

Kauana Neitzel

Desde o início, o grande desafio da atual Administração Municipal de Irati foi desatar o nó do grande volume de obras paradas que encontrou, o município se encontrava com 34 obras paralisadas em 2018, em diferentes seguimentos, desde prédios de educação e saúde até a drenagem de arroios. Quando o prefeito Jorge Derbli assumiu a Prefeitura, em 2018, no primeiro mandato, iniciou o processo de finalização destas, atualmente, resta apenas uma obra a ser retomada.

Entre as obras analisadas se encontram a creche Dallegrave e a creche Rio Bonito que estão em fase de finalização e devem ser entregues no próximo mês. A única que ainda não teve início é a do Ginásio de Esportes, que se encontra judicializada sendo necessário aguardar as questões legais para que possa ser concluída.


A atual Gestão se diz a principal interessada em auditorias de órgãos fiscalizadores, que contribuem com a transparência dos trabalhos técnicos e com a conclusão das obras paralisadas, gerando benefício real à população iratiense.

O prefeito Jorge Derbli alega que todas as obras foram complicadas para retomar e concluir, ou faltavam recursos, ou tinham problemas em projetos ou em execuções. Além de pagar o dobro para concluí-las, devido ao tempo que estavam paradas. Muitas foram alvos de vândalos, como o Centro da Juventude, que até fogo atearam. Também o prédio onde hoje é a Secretaria de Educação, que estava totalmente depredado.


Não é de hoje que as obras são alvo de notícias, em 2013 era anunciado que obras que custaram mais de R$ 10 mi estavam paradas em Irati, já em 2021, o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE) multa o ex, Odilon Rogério Burgath (gestão 2013-2016), e atual prefeito, Derbli (gestões 2017-2020 e 2021-2024), por inação para concluir obras paradas.

Vale destacar que o Centro Cultural Denise Stoklos é uma obra de realização do Governo Estadual e não de responsabilidade municipal. “Fizemos esse trabalho e conseguimos concluir quase todas, faltando apenas o Ginásio de Esportes, que conta com situação a ser resolvida na Justiça, e o Centro Cultural Denise Stoklos, o qual exige um valor alto para sua conclusão”, completa o prefeito.

Após ser abandonado e vandalizado Centro de Juventude de Irati oferece atualmente oficinas para jovens do município – Foto: Kauana Neitzel


Sete obras de pavimentação estavam pendentes e, atualmente, foram entregues, além das novas demandas que surgiram ao longo destes mais de cinco anos, e que foram possíveis de serem concluídas com novos investimentos. “Fomos eleitos para gerenciar os recursos públicos, que é o dinheiro que o povo paga. Portanto, é preciso evitar desperdícios. Já no primeiro mandato foi realizado um levantamento de todas as obras paradas e o nosso objetivo sempre foi dar continuidade, afinal, já havia sido investido em todas valores significativos”, explica Derbli.

“Dentre as obras, temos os centros municipais de educação infantil (CMEIs) do Dallegrave e do Rio Bonito, estão quase concluídos. Decidimos investir recursos livres do município para terminar e evitar mais desperdícios. Eu tenho menos de dois anos de mandato e a ideia é não deixar nenhuma obra para o futuro prefeito concluir. Queremos sempre respeitar ao máximo o recurso do contribuinte”, finalizou o prefeito.


Paralisadas desde 2013, na Avenida Perimetral João Stoklos, o Ginásio José Richa é a última obra e de mais difícil solução. Em janeiro de 2017, Prefeitura, Governo do Estado e a empresa responsável pelos projetos (Slomp Arquitetos) realizaram a primeira reunião técnica para discutir a retomada da obra com mais de 4.500 m² de área construída e capacidade projetada para três mil pessoas.

Em 2019, a obra foi desjudicializada, voltando à tutela da Prefeitura em maio daquele ano. Em seguida, o processo de retomada entrou em análise pelo Serviço Social Autônomo Paranacidade, vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas (SEDU), para homologar empréstimo e nova licitação em 2020.

Obra do ginásio José Richa, iniciada em 2012, se encontra judicializada aguardando aprovação – Foto: Kauana Neitzel


Em dezembro do mesmo ano foi anunciada a retomada com assinatura da autorização para o início dos procedimentos licitatórios com recursos de R$ 5.735.570,44. Mas a situação acabou voltando à justiça. Iniciado em março de 2012, o novo ginásio tinha, na época, o valor contratado de R$ 7.323.156,84. A obra foi paralisada quando estava com pouco mais da metade de sua execução (50,83%).

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