Estrada de Irati a São Mateus do Sul já tem 36 km de pavimentação asfáltica

Jaqueline Lopes

A tão sonhada obra de pavimentação da PR-364, estrada que liga Irati a São Mateus do Sul, tem avançado. Com várias frentes simultâneas de trabalho, já está com 36 km pavimentados e o entroncamento com a BR-153, em Irati, pode sofrer alterações. A obra deve potencializar o desenvolvimento regional, principalmente das cidades envolvidas, o que inclui Rebouças.
Da extensão total de 49 km, 36 km já estão pavimentados, e já chega a São Mateus do Sul. A obra iniciou no final de 2018 e o Departamento de Estrada e Rodagem do Paraná (DER) tem previsão de encerrar em janeiro de 2023.
A obra já tem 45 km de terraplanagem, 36km pavimentados, destes, 34 km sinalizados, com dispositivos de drenagem. Ainda, terá a variante do trecho em São Mateus, que será feito uma restauração e adequação do acostamento, além da ciclovia.
O diretor-geral do DER/PR, Alexandre Castro Fernandes, explica que é uma obra importante e vai trazer muitos benefícios para a região e também para o estado. “É um projeto que tem enquadramento técnico bastante moderno de uma rodovia classe 3, com 3,5 metros de faixa de rolamento, 2 metros de acostamento. É uma concepção que visa, justamente, beneficiar e fazer uma ligação que é tão importante no Paraná”, observa.
Durante o período de obras, houve alguns percalços, assim como todas as obras rodoviárias. O tempo chuvoso no Paraná, além de problemas de revisão de projeto, foram as maiores dificuldades para a obra. “Mas temos enfrentando todos esses entraves para que possamos fazer essa entrega o quanto antes”, destaca Fernandes.
Ele ainda comenta que no trecho próximo a São Mateus, o DER está em tratativa com a Copel para a remoção de uma rede de alta tensão que existe no local. “Para que consiga viabilizar a melhor solução, visto que essa rede de alta tensão alimenta toda a região. São três municípios, grandes indústrias e precisa construir uma nova rede para que faça a remoção dessa existente. Como são obras de pequeno porte, de acostamento e ciclovia, a gente está em tratativa, demonstrando, mais uma vez, que estamos com várias frentes simultâneas”, comenta o diretor Alexandre.
Agora, faltam 4 km para chegar até São Mateus, foi feita toda a base, que é a fase anterior para receber o pavimento. “A nossa expectativa é que nesse mês de novembro e dezembro façamos a pavimentação desses 4 km e ai consiga, na sequência, abrir para o tráfego desse segmento”, afirma Alexandre.


ORÇAMENTO


Em relação ao orçamento da obra, o diretor explica que houve alguns acréscimos, principalmente, nas alterações do projeto. “Houve uma concepção e, ao longo do tempo, fomos identificando algumas necessidades de fazer algumas alterações”, observa. Alexandre cita o solo da região, que é peculiar e com alta expansão e foi feita uma camada de reforço no subleito, com material pétreo, para dar mais suporte na rodovia.
Além disso, houve aumento do diesel, que são situações naturais em obras de rodovias. “Existe um processo administrativo em andamento no DER e a gente está avaliando e caso haja necessidade. Isso é uma previsão legal, está no contrato administrativo e vamos honrar com todos esses desequilíbrios para que a gente conseguir cumprir esse contrato”, completa.


DESVIOS


Neste momento, a obra tem dois desvios, um na ponte do Rio Turvo e cerca de 3km de São Mateus, que é o local onde estão os colaboradores e maquinários da Construtora Triunfo, responsável pela execução da obra, realizando a colocação de rachão. A ponte teve uma paralisação nos serviços por conta das chuvas, mas as vigas já foram concretadas. A previsão é entregar essa ponte nos próximos dias.


A OBRA


O investimento total na obra é de R$ 121 milhões, resultado da parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O valor inclui as etapas de terraplenagem, drenagem, pavimentação, sinalização e execução de uma ponte. Ao total, serão 49 km de pavimentação.

“O DER está despendendo bastante energia com nossa equipe de fiscalização e consultoria para que a gente consiga fazer a entrega e fechamento dessa obra no menor prazo possível”
Alexandre Castro Fernandes

ENTRONCAMENTO

O entroncamento de 1,2 km, ligando a PR-364 a BR-153, pode sofrer alterações, confirmou o diretor. A trincheira que seria construída tinha como objetivo reduzir o alto número de acidentes no local. E agora o DER identificou que há necessidade de incluir novos serviços, que não foram previstos originalmente. “Foi identificado um impacto grande a particulares e estamos estudando, junto ao BID, uma alternativa para essa obra”, comenta Alexandre.
Todo aditivo é preciso de uma anuência do banco e o DER busca uma solução mais adequada. “A nossa intenção é fazer uma variante, uma alternativa do traçado original para que garanta tanto o acesso a pedreira como transposição dessa via municipal”, finaliza o diretor.


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