Fiéis realizam 2ª cavalgada em homenagem ao Dia de Nossa Senhora das Graças

Karina Luvdichak

No dia 27 de novembro é comemorado o Dia de Nossa Senhora das Graças, e para celebrar a data, cerca de 10 mil pessoas passaram pelo monumento que leva o nome da Santa, em Irati, no último domingo (27), onde foram realizadas missas, vendas de alimentos e a oração das 1.000 Ave-Marias. Este ano, o principal ponto turístico do município está completando 65 anos, e um grupo de fiéis realizou, pela segunda vez, o Encontro de Tropeiros Nossa Senhora das Graças, na colina.
O encontro reuniu fieis de diversas cidades do estado, e contou com a participação de tropeiros até mesmo de Três Barras e Mafra de Santa Catarina, além de São Matheus do Sul. A primeira cavalgada foi realizada no ano de 2021, por iniciativa da família de João Lucas Turczyn, responsáveis por organizar o encontro e recepcionar os participantes em sua propriedade no Rio Corrente. “Para nós, é uma satisfação muito grande, o povo vir de tão longe para prestigiar a Santa aqui em Irati”, disse Turczyn.

João comenta, ainda, que este ano a cavalgada foi um pouco mais restrita por conta das condições climáticas, mas isso não os impediu de realizar o seu ato de devoção. “Saímos da nossa propriedade com o pessoal no domingo de manhã, no sentido colina, para participar da missa. E isso é muito bom. A fé hoje em dia é tudo”, observa.


VISITANTES
Boa parte dos visitantes que participaram da cavalgada deste ano, estiveram no primeiro encontro e, segundo João, eles prometeram voltar, com exceção de alguns que não puderam vir, todos compareceram ao rancho do Rio Corrente, no sábado (26), para saírem a cavalo no dia da Santa, como sinal de fé e devoção. “Fomos recebê-los no meio do caminho, para uma recepção mais aconchegante”, comenta Turczy.
Ângelo Miguel, um dos organizadores, afirma que já estão pensando em um terceiro encontro. “Dia 27 de novembro vai ser em uma segunda-feira no próximo ano, mas o pessoal já está organizando para que o encontro aconteça”.

Edcezar Aliski, amigo da família de João Lucas, que também auxiliou na organização, diz que a fé foi o principal motivo que uniu o grupo e, graças a isso, puderam realizar os dois encontros em Irati. “Nós, como devotos de Maria, temos vontade de participar, pois este é um evento muito importante para a nossa cidade. E firmando as parcerias, fica mais fácil organizar”, esclarece.


Um outro amigo da família de João Lucas, que auxilia na organização dos encontros, Alderico Ribeiro, comenta que a ideia para a próxima cavalgada é reunir mais participantes de outras cidades. “Alguns não vieram este ano por causa da lavoura, pois deu essas chuvas e eles tiveram que ficar trabalhando, mas, com certeza, no ano que vem estaremos de volta”, enfatiza Ribeiro.
Cezar Pereira é morador de Três Barras/SC, e participou do primeiro encontro. Este ano, trouxe com ele amigo de cavalgada, conhecido como seu Chico, que é de São Mateus do Sul e, Emanuel Ferreia, que veio de Mafra/SC. Os três, junto aos demais companheiros, vieram no sistema antigo de cargueiro, onde fazem todo o trajeto de ida e volta em cavalos ou mulas e cozinham durante as peradas para descanso. “Este ano alguns companheiros, infelizmente, não puderam vir, mas eu trouxe outros comigo. Fomos muito bem recebidos aqui pelo João e pela família dele”, comenta.
Cezar e seus amigos de viagem, percorreram cerca de 100 km até Irati. Eles se encontraram na propriedade de seu Chico e saíram de lá na quinta-feira (24), e chegaram no sábado (26) em Irati.
Chico diz que, eles faziam uma média de 40 km por dia e, quando saem de viagem já tem um lugar definido para parada. Ele comenta que cada animal consegue fazer, em média 50 km por dia, e que ele e seus companheiros fazem diversas paradas para dar comida, água e deixar os animais descansarem.

Emanuel Ferreira comenta sobre sua experiência de viagem em devoção a Nossa Senhora das Graças. “Fomos muito bem acolhidos, as pessoas nos recepcionaram com muita hospitalidade e fizeram churrasco e tudo mais”, disse.
Cezar conta que já fez uma viagem com os “Tropeiros de verdade”, em grupo de 14 pessoas para Aparecida, e diz que a cavalgada é mais viável e proporciona novas experiências, além de fazer com que as pessoas façam novas amizades. “A cavalgada é um exporte barato, o rodeio de laço se tornou muito caro. E com a cavalgada nós gastamos menos na viagem”, esclarece. Cezar agradeceu pelo convite e pela hospitalidade de João e sua família. “Foi um encontro muito bom”, finaliza.

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