Paróquia Menino Jesus, de Guamiranga, tem primeiro pároco diocesano

Padre Nelson comenta sobre a posse e as mudanças na paróquia a partir da nova administração

Karina Ludvichak

A Paróquia Menino Jesus, de Guamiranga, está passando por algumas mudanças no início deste ano, e desde o dia 17 de janeiro passou a ser administrada pela Diocese de Ponta Grossa. Após 43 anos de fundação, esta é a primeira vez que a paróquia conta com um pároco diocesano.


A equipe da Folha de Irati foi até o município para conversar com o Padre Nelson Bueno da Silva, uma figura já bem conhecida pelos iratienses, para saber mais sobre a nova posse e, também, as mudanças que devem acontecer na igreja a partir da nova administração.


Com quase 24 anos de sacerdócio, durante nove anos o padre Nelson esteve à frente da igreja Matriz Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, local onde atuou por mais tempo até hoje, levando o Evangelho e os ensinamentos bíblicos aos munícipes de Irati. Ele conta que está se adaptando bem ao novo município, no qual foi carinhosamente recebido pelas famílias e comunidade local. “A recepção foi muito boa, o povo muito receptivo, muito religioso. Visto que nós temos, aproximadamente, 85% de pessoas católicas aqui em Guamiranga”, observa.


Desde a fundação até janeiro deste ano, a igreja Menino Jesus estava sob a administração Vicentina de Guarapuava. O Padre Nelson explica que também foi pego de surpresa em relação a mudança para o município. “O Bispo me chamou em uma sexta-feira e disse que eu assumiria Guamiranga, e já no outro sábado eu deveria assumir aqui. Foi rápida essa mudança de paróquia”.

Após sair da matriz de Irati, em 2022, o pároco atuou em Ponta Grossa até o início deste ano e diz que, as mudanças são sempre um desafio. “São novos desafios, novos tempos, novas pessoas. Mas ser novo também é bom. O que é novo também nos renova”.


Além da Matriz, a Paróquia Menino Jesus conta com mais 11 capelas no município. E de acordo com o novo pároco, a nova administração muda algumas coisas. “Mudam poucas coisas e muitas coisas. Uma paróquia que era religiosa, dos padres vicentinos, passa agora para a diocese de Ponta Grossa. Mais uma, somando quase 50 paróquias da diocese de Ponta Grossa e 650 capelas. E, agora, claro que muda alguma coisa. Os padres diocesanos são muito preparados para a pastoral, para a paróquia, para a administração.

Esse é nosso foco acadêmico. Enquanto que os vicentinos religiosos têm um foco maior de trabalhos em hospitais, colégios, essas coisas todas. Mesmo em Irati, por muitos anos, o Colégio São Vicente foi tocado pelos religiosos, e no Colégio Nossa Senhora das Graças estão lá as freiras ainda”, observa.


“Os padres diocesanos são preparados realmente para a diocese, e não saem fora da diocese a não ser que assumam algumas missões”, explicou o Padre.


Apesar de trazer algumas mudanças, e com pouca atuação fora da igreja, o padre diz que pretende fortalecer e retomar alguns trabalhos junto aos coroinhas da paróquia e outras ações junto à comunidade religiosa.


Além de ser considerado um grande evangelizador, o Padre Nelson também é músico, e diz que pretende trazer essa alegria da música para a Matriz do município. “Está no sangue as cantorias. Eu não gosto da missa muito triste, embora o pessoal diga que é o sacrifício de Cristo, e é! A morte de Cristo quem vai cantar e ficar alegre?! Por outro lado, a missa também não é só a morte de Cristo, mas ela é a ressurreição. É morte, é ressurreição, é o mistério pascal e que termina na alegria, na cantoria. Então é isso que a gente faz, não podemos interpretar só um lado”, finaliza.

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