Projeto coloca em análise acessibilidade a tratamento de doenças crônicas

Leticia H. Pabis

O projeto “Acesso a tratamento multiprofissional, interprofissional e adesão ao tratamento de pessoas com Doenças Crônicas não transmissíveis (DCNT)” foi desenvolvido pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), em uma parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro) com a proposta de verificar o acesso ao atendimento multiprofissional e interprofissional pelos pacientes da rede pública de saúde.
O professor da Unicentro – Campus Irati, Silvano da Silva Coutinho, conta sobre os princípios do projeto. “Nosso objetivo é trabalhar e discutir a pesquisa com municípios que são a grande maioria no estado do Paraná, ao todo, são 399 municípios no estado, cerca de 312 deles tem menos de 20 mil habitantes, e é nestes municípios de pequeno porte que a gente focou a nossa pesquisa.”, comentou.
Silvano é formado em Educação Física e leciona neste campo, mas fez mestrado e doutorado na área de saúde pública.“Nossa pesquisa tem três centros, envolve as três universidades e eu sou o professor responsável pela pesquisa em Irati, e tenho o foco das minhas pesquisas sempre voltadas para estudar sobre os profissionais de saúde nas UBS’s e no campo de Atenção Primária à Saúde, então está sendo bem interessante porque podemos pensar na formação dos nossos futuros profissionais de acordo com a realidade coletada nessa pesquisa, para prepará-los para atuar nestas regionais de saúde.”, finalizou Silvano.

Entre as Doenças Crônicas não Transmissíveis estão enfermidades comuns, como diabetes, hipertensão, osteoporose, bronquite, asma, doenças cardiovasculares e até mesmo o câncer.

A atividade foi dividida em três fases, sendo a primeira etapa o mapeamento dos profissionais que atuam nos municípios analisados, sendo Teixeira Soares, Rebouças, Paulo Frontin, Paulo Freitas, Porecatu e Tamarana. Já a segunda etapa foi o envio de um formulário online para profissionais da área da saúde que estão ligados à uma das cinco Regionais de Saúde do Paraná, Irati, Ivaiporã, Londrina, Curitiba e União da Vitória.



A terceira etapa, que teve início na terça-feira (20), deve levantar dados mais concretos sobre a saúde da população destes municípios e também a qualidade de atendimento oferecida pelas UBS (Unidades Básicas de Saúde). Ao final da etapa, os 20 bolsistas técnicos inseridos no projeto deverão realizar cerca de duas mil entrevistas com usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), estas devem levantar questões sobre saúde pública, como acesso e avaliação do serviço.
A partir das entrevistas, será realizada uma análise de todos os dados coletados, avaliando pontos fortes e pontos fracos do atendimento. Após a avaliação, os dados devem gerar relatórios que serão devolvidos às respectivas Secretarias de Saúde das cidades envolvidas na atividade.

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