Bairro Fósforo

Antigamente iniciar uma chama era muito difícil! Em 1669, o alquimista alemão Henning Brand, na tentativa de transformar metal em ouro, descobriu que esfregando o elemento fósforo no elemento enxofre produzia-se uma chama, assim nasceu o conhecido popularmente fósforo para iniciar um fogo.

Tudo começou em 1952, quando um grupo de iratienses se uniu para fundar a Companhia de Fósforos Irati. Os equipamentos antigos da Sociedade Comercial de Fósforos de São Paulo foram oferecidos por José Ermínio de Moraes ao empresário iratiense Agostinho Zarpellon Junior. Em 1954, as máquinas à vapor começaram a produzir os primeiros palitos de fósforos, os Fósforos Paraná, na época uma das principais marcas brasileiras. (Irati 100 anos – de Audrey Farah, Chico Guil e Silvio Philippi – 2008, Ed. Arte). No início da avenida Getúlio Vargas, em Irati, está instalada há quase 70 anos a antiga Fósforos Irati, atualmente, a Fobrás. Uma das maiores empresas de Irati e da região e que mais gera empregos.

Na época, o presidente da República era Getúlio Vargas, o governador do Paraná era o Dr. Bento Munhoz da Rocha Neto, o prefeito de Irati o empresário Edgard Andrade Gomes e o presidente da Câmara Municipal o senhor Antonio Xavier da Silveira. Curiosidade é que a Câmara possuía 44 vereadores.

No local onde hoje é a Fábrica de Fósforos existia um campo de futebol, segundo o senhor Jaci Kaminski, mais conhecido por Ferrugem o Taxista, que reside no bairro há 60 anos, o terreno era da Família Cavalin. Nos arredores havia um moinho próximo a estrada de ferro. Também, segundo seu Kaminski, onde hohe é a avenida Getúlio Vargas existia uma raia para corrida de cavalos. “Os cavalos partiam de lá onde era o Chico Tampa e desciam até onde hoje é a fábrica da Fobrás. Enchia de gente para assistir essas corridas. ”

Narra, ainda, seu Kaminski que o Estádio Municipal Abraão Nagib Nejn foi construído na administração do prefeito Antonio Toti Colaço Vaz (1983 – 1988) para o Torneio do Trabalhador. Naquele lugar existia o campo do Vitória, nome da mãe do Ferrugem.

Outra obra marcante daquela administração foi a pavimentação asfáltica da Avenida Getúlio Vargas.

Marisa Roni Costa, filha de Adriano Afonso e Zamira Jonson Trevisan, moradora do bairro desde fevereiro de 1960, narra que no lugar existiam somente carreiros e potreiros onde soltavam os animais de criação. Onde hoje é o Hospital novo tinha uma casa, um paiol e um poço de água potável. Essa casa era da família Araújo e foi relocada para o outro lado da rua, na esquina da Rua Zeferino Bittencourt com a rua Benedito de Morais, para a construção do Hospital.

Algumas famílias das mais antigas do bairro são: Kaminski, Lisboa, Trevisan, Pepe e Pires.

O perímetro do Bairro Fósforo é delimitado pelas ruas Lino Esculápio, 19 de Dezembro, Trajano Grácia, avenida Noé Rebesco, avenida Getúlio Vargas, rua Hilda Amaral Visinoni, arroio da Lagoa e rio das Antas.

Mais um bairro da cidade de Irati que nasceu devido a instalação de uma indústria, a antiga Fósforos Paraná, hoje a potente Fobrás.

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