E-commerce: especialistas estimam que movimentação na Black Friday 2022 deve
superar R$ 6 bilhões

Após ter a origem nos Estados Unidos, a Black Friday conquistou espaço no mercado ao redor do mundo e ocupa uma posição de destaque nas vendas e na arrecadação do comércio físico e eletrônico, ou e-commerce, no mês de novembro. 

A data é um marco que costuma impulsionar o faturamento, não só do comércio eletrônico, mas também do varejo. Vale lembrar que, em decorrência da crise econômica mundial potencializada pela pandemia da Covid-19 e no cenário de guerra envolvendo Rússia e Ucrânia, ainda é preciso entender como o brasileiro vai se comportar financeiramente, uma vez que viu seu poder de compra ser reduzido pela forte alta da inflação.

Ao longo dos anos, algumas das alternativas utilizadas pelo consumidor para não perder as promoções de novembro foram o parcelamento de itens no cartão de crédito, visto que 63% utilizaram este meio de pagamento em 2021, e a solicitação de empréstimos e financiamentos, no caso de bens de alto valor.

No entanto, acompanhando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a Selic, também conhecida como taxa básica de juros do país, saiu da casa dos 2% ao ano, no cenário pré-pandemia, para 13,75% após as crises enfrentadas e a alta da inflação. Com isso, fazer um empréstimo pessoal, financiar bens de alto valor e ter acesso a um crédito de forma fácil e rápida ficou mais caro.

Mesmo diante de um cenário de incertezas, uma nova estimativa realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) indica que a projeção da Black Friday para 2022 é de movimentar aproximadamente R$ 6,05 bilhões, apenas no e-commerce, superando em cerca de 3,5% o montante que foi movimentado pelo evento no ano anterior.

Ainda de acordo com o estudo, telefonia, eletrônicos, informática, eletrodomésticos e eletroportáteis, moda, beleza e saúde serão as categorias que terão maior sucesso de vendas durante a Black Friday no comércio eletrônico.

O evento, realizado sempre na última sexta-feira de novembro, movimentou uma quantia menor do que era esperada para o ano de 2021 no e-commerce. De acordo com a Neotrust, apesar de superar a arrecadação do ano anterior em 5,8%, com R$ 5,4 bilhões movimentados, o valor ficou 2,4% abaixo da expectativa inicial para o período.

Vale lembrar que, em 2020, o comércio eletrônico teve um crescimento não previsto pelo simples motivo de que as pessoas passaram a ficar muito mais tempo em casa, estimuladas pelos governantes, com intuito de reduzir a curva de contaminação do coronavírus.

Procon fiscaliza possíveis fraudes

Diante de um mês com milhares de promoções e um grande aquecimento do mercado de modo geral, muitos comerciantes aproveitam a data para tentar enganar o consumidor e, desta forma, potencializar lucros.

Um dos “golpes” mais conhecidos e denunciados por consumidores nos últimos anos é a elevação de preços nos dias que antecedem a Black Friday para que, no dia da chuva de promoções, os produtos possam voltar a ser vendidos pelo valor inicial, como se estivessem em promoção.

Diante disso, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) costuma realizar ações que notificam e punem estabelecimentos que tentam se utilizar de qualquer mecanismo ilegal para ludibriar os consumidores. Portanto, é preciso ficar atento e, se possível, fazer pesquisas para conseguir distinguir uma promoção de uma enganação.

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