“Orelhas de abano”: entenda o que causa a condição e quais são os tratamentos

Dr. Bruno L. Alencar
Otorrinolaringologista
CRM 18299 RQE 13511

Você sabia que, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatra, cerca de 5% das pessoas têm orelhas de abano? Esse é um caso de malformação das orelhas.


A condição acaba causando constrangimento e, até mesmo, abalos na autoestima tanto de crianças quanto de adultos. A boa notícia é que, graças ao avanço das cirurgias plásticas, atualmente, é possível corrigir a malformação das orelhas, isso por meio da otoplastia.


O que conhecemos por orelhas de abano?
As orelhas de abano acontecem por uma malformação e são caracterizadas pelas “bordas” laterais mais distantes da cabeça. Logo nos primeiros meses de vida de um bebê, já é possível notar essa condição.


Orelhas de abano são uma condição genética?
Sim, é comum que a malformação das orelhas aconteça por herança genética. Isso então significa que, por exemplo, pais que têm orelhas conhecidas como de abano podem passar essa característica para seus filhos.


Observação: a condição pode acontecer, mas não é uma regra. Se um casal tiver cinco filhos, por exemplo, pode ser que uns tenham orelhas com malformação e outros não.


Quais são os tratamentos para evitar orelhas de abano?
Como dissemos, a aparência das orelhas com malformação, infelizmente, causa um desequilíbrio facial. Com isso, crianças e adultos, por vezes, se sentem inseguros, com baixa autoestima.


É por isso que a identificação do problema deve ser feita o mais cedo possível e, então, já é possível buscar uma das seguintes soluções:


• Otoplastia: a otoplastia é uma cirurgia plástica das orelhas. Dessa forma, o procedimento é indicado para pacientes que possuem orelhas de abano, desproporcionais, com malformação congênita e afins.


Então, no geral, esse tipo de cirurgia serve para melhorar a aparência das orelhas, de modo que o paciente tenha sua autoestima recuperada.


Quando é o momento para corrigir as orelhas de abano?
A otoplastia pode ser feita em qualquer idade, mas recomenda-se que seja realizada a partir dos seis anos. Isso porque, durante a infância, a cirurgia é mais tranquila, especialmente, por causa da maleabilidade da cartilagem das crianças.


Outro benefício é que o pós-operatório costuma ser menos doloroso naquela fase da vida. E quanto mais cedo a otoplastia for realizada, menos chances de a criança passar por bullying. A realização do procedimento cirúrgico consegue aumentar a autoestima e a confiança das pessoas.


Quando procurar um especialista?
É importante procurar um otorrinolaringologista especialista assim que a pessoa identificar — nela mesma ou em seu filho — a malformação das orelhas.
O profissional vai avaliar o caso e dizer qual é a medida mais eficiente para aquela pessoa e como o tratamento deve ser realizado (detalhadamente).


O mais importante é saber que, hoje em dia, é possível passar por um tratamento natural (uso de moldes de silicone indicados para recém-nascidos) ou por uma otoplastia (cirurgia plástica) para resolver a malformação das orelhas.

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