Polissonografia domiciliar: o que é, para que serve e como é feita

Fruto de avanços na medicina, a polissonografia domiciliar dá mais conforto ao paciente

Dr. Bruno L. Alencar
Otorrinolaringologista
CRM 18299 RQE 13511

Polissonografia domiciliar é um exame que monitora diversas funções corporais enquanto o paciente dorme em sua residência. Trata-se de uma inovação tecnológica viabilizada por equipamentos portáteis.
Geralmente, eles são instalados por um técnico no quarto do doente, a fim de que os registros sejam captados de maneira adequada. Dependendo da indicação médica e dispositivos disponíveis, o procedimento pode incluir:
• Eletrocardiograma (ECG) para mostrar a atividade elétrica do coração;
• Eletroencefalograma (EEG) para monitorar os impulsos elétricos do cérebro;
• Oximetria de pulso para medir o nível de oxigênio no sangue;
• Eletromiograma para medir o movimento dos músculos;
• Eletro-oculograma para identificar a identificação das fases do sono, e em que momento se iniciam pelo movimento dos olhos (indicativo de sono REM – Rapid Eyes Movement).
Para que serve a polissonografia?
A polissonografia serve para investigar sintomas sugestivos e detectar anormalidades relacionadas ao sono. Cansaço, lentidão no raciocínio e lapsos de memória estão entre os sinais de que o sono não tem sido reparador.
Um dos mais comuns é a apneia obstrutiva do sono, que chega a acometer uma em cada três pessoas. A condição provoca pausas respiratórias frequentes enquanto o indivíduo dorme. Quem tem a doença pode apresentar ronco, fadiga e queda na produtividade, além de ter maior risco de desenvolver pressão alta e quadros inflamatórios. Isso porque ocorre redução no fluxo de oxigênio enviado às células de todo o corpo, incluindo órgãos vitais como o coração. Outros distúrbios diagnosticados via polissonografia domiciliar são:
• Hipopneia: redução do fluxo de ar durante a respiração;
• Narcolepsia: causa sonolência de modo súbito e incontrolável;
• Síndrome das pernas inquietas: caracterizada por movimentos involuntários que impedem o repouso do doente;
• Bruxismo: distúrbio que leva a pessoa a ranger os dentes de maneira involuntária, em especial durante o sono.
No entanto, há transtornos do sono que não são objeto de estudo de uma polissonografia, como comento a seguir.
Como é feita a polissonografia domiciliar?
O exame é realizado apenas sob prescrição médica. Primeiro, o aparelho de polissonografia domiciliar é instalado no quarto do paciente, ou retirado na clínica ou laboratório, caso as medições sejam simples. O procedimento começa na hora habitual de repouso, quando o paciente vai até a cama e conecta os dispositivos necessários.
Em seguida, o monitor do equipamento é ligado, dando início à coleta de dados. Informações como o tempo para adormecer, fases do sono e sua sequência são captados durante todo o período de repouso.
Assim como a frequência cardíaca, ondas cerebrais, taxa de oxigênio no sangue e outros parâmetros, expressos em gráficos. A polissonografia só termina quando a paciente desperta do sono e desliga o equipamento do exame. Por fim, o aparelho de polissonografia é retirado na casa do paciente ou entregue no laboratório.
O CADI oferece o exame para melhor avaliação e diagnóstico e cada paciente.

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