Chuva de meteoros Eta Aquáridas dá um show no céu; veja

Quem ficou acordado na madrugada desta quinta-feira (6) para observar a chuva dos meteoros Eta Aquáridas não se decepcionou. Em alguns locais do Brasil foi possível observar centenas de meteoros ao longo da noite, riscando o céu com intensidade variada.

A chuva dos meteoros Eta Aquáridas acontece quando a Terra atravessa a parte mais densa da trilha de detritos deixada pelo cometa Halley. Cada pequeno fragmento deixado pelo cometa, ao atravessar nossa atmosfera em alta velocidade, gera um meteoro, que é o fenômeno luminoso popularmente conhecido como “estrela cadente”.
Durante uma chuva de meteoros, vários fragmentos da mesma trilha atingem a atmosfera. No caso da Eta Aquáridas, sua atividade se inicia em 21 de abril e vai até 12 de maio, mas o momento de maior intensidade da chuva ocorreu na madrugada desta quinta-feira.
 

A Eta Aquáridas é a primeira das duas chuvas anuais de meteoros associadas ao Cometa Halley. A outra é a Oriónidas, que acontece no mês de outubro, mas não é tão intensa.

Todos os meteoros de uma mesma chuva atingem a atmosfera paralelamente uns aos outros. Isso porque seguem aproximadamente a mesma órbita do cometa ou asteroide de onde se originaram.

Entretanto, devido ao efeito de perspectiva, para um observador na Terra esses meteoros parecem se originar de um mesmo ponto no céu. No caso da Eta Aquáridas, esse ponto fica na Constelação de Aquário, próximo à estrela Eta Aquarii. Daí o nome.

A imagem abaixo foi feita por Willian Schauff, membro da Bramon (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros), em Pardinho, interior de SP. É uma longa exposição feita ao longo de toda a noite, e mostra nada menos do que 175 meteoros, que são as linhas paralelas. As linhas pontilhadas e concêntricas são as estrelas girando no firmamento ao longo da noite.
 

Imagem: William Schauf / Bramon

Esta outra imagem de longa exposição foi feita por Bruno Bonicontro (também membro da Bramon) em Maringá, no Paraná. Nela aparecem 103 meteoros.
 

Imagem: Bruno Bonicontro / Bramon

Já a imagem abaixo, feita por Fabrício Borges (também membro da Bramon) em Vitória, no Espírito Santo, mostra uma chuva de meteoros por uma outra perspectiva.

“Em vez de empilhar várias imagens mantendo fixo o campo de visão da câmera, ela é uma composição rotacionando o campo de visão para manter as estrelas fixas, compensando o movimento aparente dos astros. Com isso fica evidente a direção dos meteoros da mesma chuva”, diz Marcelo Zurita, Diretor Técnico da Bramon.

 

Compensando o movimento das estrelas, fica fácil ver a trajetória paralela dos meteoros Eta Aquáridas. Imagem: Fabrício Borges / Bramon

Todos os Eta Aquáridas na imagem seguem uma trajetória paralela. Os poucos meteoros que não seguem o padrão e viajam em outras direções são chamados de “esporádicos”, porque não pertencem a uma chuva específica. 

Por fim, temos o vídeo abaixo feito por Ivan Soares. Ele mostra os Eta Aquáridas riscando o céu de Patos de Minas (MG) ao longo de vários dias.

https://www.youtube.com/watch?v=FaNptTcclaI

Vídeo: Ivan Soares / Bramon
 

  • Agradecimento especial aos membros da Bramon (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros) pelas imagens.
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