Novo modelo de pedágio no Paraná será definido em diálogo com a sociedade

Empresários, prefeitos e profissionais de diversos setores participaram nesta terça-feira (21), em Guarapuava, na região central do Paraná, da reunião pública de trabalho promovida pelo Governo do Estado para discutir o novo ciclo de concessões rodoviárias. Foi a sexta reunião para tratar do tema. Já foram promovidos encontros em Curitiba, Cascavel, Londrina, Ponta Grossa e Maringá. Nesta quarta-feira (22), o evento acontece em Jacarezinho, no Norte Pioneiro.

Estamos ouvindo a sociedade e setores diversos para, juntos, decidirmos como será o novo modelo de pedágio no Paraná, disse o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Abelardo Lupion. Com base neste diálogo com os paranaenses, poderemos definir o quanto queremos pagar de pedágio e quais as obras necessárias para cada região. Já adianto que nosso objetivo é reduzir em 50% o valor praticado hoje em dia, afirmou Lupion.

INICIATIVA ÍMPAR

Para o empresário Acassio Antonelli, vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG), as audiências públicas são uma oportunidade para discutir como o pedágio vai impactar e influenciar o futuro do setor. É uma iniciativa ímpar do Governo do Estado, essencial para definir um novo contrato, que não deixe brechas para intervenções futuras baseadas em ações populistas, disse ele.

O prefeito de Guarapuava, Cesar Silvetri, também ressaltou a iniciativa do Governo do Estado de iniciar as discussões sobre o pedágio com antecedência em relação ao prazo de conclusão dos atuais contratos. Graças a essa iniciativa conseguiremos, juntos, fazer um projeto muito bem estruturado e que não caia nas mesmas armadilhas do passado, disse ele.

Para o prefeito de Mato Rico, Marcel Jayre Mendes, que também é presidente da Associação dos Municípios do Centro do Paraná (Amocentro), as reuniões permitem que os problemas da população sejam ouvidos. É um processo democrático, baseado no debate, que, com certeza, fará com que tenhamos um pedágio mais justo, com tarifas acessíveis, disse.

Após as explanações feitas por representantes do Governo, os participantes se reuniram em cinco grupos para discutir e fazer propostas ao novo modelo. Eles se basearam em cinco questões: qual seria um preço justo para o pedágio; quais as obras necessárias para a região; quais serviços as concessionárias deveriam oferecer; qual o modelo ideal de cobrança de pedágio e quais novos trechos de rodovias poderiam ser objeto de concessão. Todas as respostas e opiniões, de todos os encontros, serão consideradas no momento da elaboração do projeto.

HISTÓRICO

Em maio, o Governo do Estado solicitou ao Ministério dos Transportes uma nova delegação das rodovias federais que formam o Anel de Integração. No dia 11 de junho, o Estado notificou as seis concessionárias de pedágio para iniciar os processos de finalização dos contratos.

O trabalho para a definição de um novo modelo de pedágio foi dividido em três comissões: a primeira tem como foco a delegação do Ministério dos Transportes para tratar desse assunto no Paraná; a segunda trata da finalização dos contratos com as atuais concessionárias, e a terceira, que trata das audiências públicas, é ouvir a população do Estado.

O Paraná foi pioneiro nas concessões de pedágios, em 1997, e aprendeu muito com esse contrato inicial, lembrou o diretor de relações institucionais e de ouvidoria da Agepar, João Batista Peixoto Alves. Agora, com essas audiências públicas, estamos conseguindo aliar a nossa experiência com os anseios da sociedade para, juntos, buscarmos uma nova modelagem, disse ele.

 

 

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