Gaeco investiga corrupção e lavagem de dinheiro em Irati e Rio Azul

Assessoria do Ministério Público do Paraná

O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu na manhã desta quinta-feira (26), sete mandados de busca e apreensão em endereços nas cidades de Irati e Rio Azul, no âmbito da Operação Premium, que apura possíveis atos de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo um ex-secretário de Finanças de Irati (Gestão 2017/2020), e uma construtora que mantém diversos contratos de engenharia com o município.

As ordens foram expedidas pela Vara Criminal de Irati e cumpridas em localidades relacionadas aos investigados.

As investigações não se referem a Prefeitura de Rio Azul, mas sim ao funcionário.

As investigações do Gaeco relacionadas ao caso tiveram início em 2019 a partir de representação do “Observatório Social”, entidade da sociedade civil organizada que contribui com a fiscalização do poder público, dando conta de possível recebimento de vantagem indevida pelo então secretário municipal a partir da construção de uma casa pela empreiteira.

Durante as investigações, foi possível obter indícios de que o agente político mantinha negócios privados com essa empresa e atuava de modo a favorecê-la enquanto gestor financeiro da Prefeitura. Também foram encontrados indícios de que a construtora pagou valores diretamente ao ex-secretário e a um familiar seu, bem como essa empresa mantinha contatos com outros servidores públicos municipais como forma de conseguir informações privilegiadas e o direcionamento de licitações.

Com o cumprimento dos mandados, o Ministério Público pretende esclarecer o montante das vantagens indevidas recebidas pelo servidor público e aprofundar a investigação quanto às supostas relações ilícitas mantidas pela empreiteira com outros agentes públicos.

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