Identificadas quatro das sete vítimas do tombamento de ônibus em Fernandes Pinheiro

Sthefany Brandalise com informações do Portal Banda B e jornal A Rede

Quatro das sete vítimas que morreram após um ônibus de viagem da Viação Catarinense tombar na BR-277, em Fernandes Pinheiro, foram identificadas. O acidente deixou, além dos sete mortos, 22 feridos.

O primeiro identificado foi Teicer Ahmad Tarbine, de 31 anos. Ele era natural de Foz do Iguaçu, e trabalhava como comerciante. O segundo identificado é Genivaldo Fernandes de Lima, de 49 anos, e trabalhava como um dos sócios proprietários de uma pizzaria em Cascavel.

Foram identificados também Carina Isabel Martinez, de 42 anos, e David Pinchevsky, de três anos. Ambos seriam mãe e filho e de nacionalidade argentina.

CAUSA DO ACIDENTE

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Teixeira Soares, responsável pela investigação do acidente, realizou uma coletiva de imprensa na tarde de terça-feira (31) para comentar sobre as investigações. A equipe da Polícia Científica realizou o trabalho pericial no local do tombamento e constatou que não havia marcas de frenagens na pista. Além disso, segundo o delegado, Wesley Vinícius Gonçalves da Silva, o motorista, um representante da Viação Catarinense e doze passageiros prestaram depoimento à polícia. Outro passo importante para a investigação foi o recolhimento do ônibus para o pátio da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Ponta Grossa para a realização da perícia que apontará se teve alguma falha mecânica no veículo.

Quanto ao depoimento do motorista, o delegado destaca que não pode relevar o que foi dito, já que o inquérito policial é um procedimento sigiloso, mas confirma que o motorista dormiu na direção do veículo.

Conforme as apurações, não chovia no momento do acidente. Além disso, o delegado afirma que o motorista realizou o teste do bafômetro com resultado negativo para ingestão de álcool e que estava com a documentação em dia. Ele negou o uso de qualquer medicamento.

Foto: Reprodução

No momento do acidente, o único representante da empresa dentro do veículo era o próprio condutor. “Não havia bagageiro ou alguém que pudesse prestar um eventual suporte”, pontua.  Segundo o delegado, o motorista pode responder por homicídio culposo e lesão culposa, caso seja comprovado que ele agiu com negligência ou imprudência.

VIAÇÃO CATARINENSE

Um representante da Viação Catarinense de Curitiba também prestou esclarecimentos à polícia. A empresa será investigada quanto ao cumprimento do intervalo de descanso, que deve acontecer a cada quatro horas de viagem por um período de 30 minutos. “O representante disse que estava previsto uma parada”, afirma o delegado. A troca de motorista estava marcada para acontecer em Guarapuava. Segundo o delegado, as investigações vão apurar se haverá responsabilização do condutor ou da empresa.

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