Lixo em Irati será transformado em madeira biossintética

Empresa irá utilizar todo o lixo produzido pelo município para transformar em material sustentável

Os resíduos de lixo em Irati terão outro destino em breve e serão transformados em materiais sustentáveis. É uma tecnológica executada por uma empresa do Rio Grande do Sul, que deve começar a operar no município em alguns meses. Irati doará todo o lixo produzido diariamente para que seja transformado em madeira biossintética, podendo ter várias utilizações e produtos.

O município produz cerca de 30 toneladas de lixo por dia. Todo esse volume será utilizado pela empresa EKT Global, que tem capacidade de operar com 50 toneladas. Com isso, parte da quantidade total, será retirada do aterro sanitário do município, que está com capacidade lotada e sob aviso para ser desativado.

O prefeito Jorge Derbli, acompanhado da secretária de Meio Ambiente, Magda Lozinski e do secretário de Planejamento, João Almeida Junior, estiveram na sede da EKT, no Rio Grande do Sul, onde averiguaram a qualidade e o processo de produção. A equipe apresentou a iniciativa em reunião realizada na Associação dos Municípios do Centro Sul do Paraná (Amcespar).

SOLUÇÃO

Desta forma, os resíduos em Irati serão sustentáveis e a Prefeitura deve resolver o problema do aterro. Hoje é a solução que temos. A longo prazo, daqui a 15 anos, a intenção é que não haja mais todo o lixo enterrado neste espaço, afirma Joao.

Desde que assumimos a Prefeitura, a gente sabia que um dos nossos maiores desafios era solucionar o problema do lixo orgânico pelas condições que o aterro sanitário opera. Fizemos um grande trabalho de pesquisa, que não foi da noite para o dia, para encontrarmos o que era mais viável para Irati, disse Derbli.

Ele comenta sobre o conhecimento da EKT Global. Fizemos uma visita a uma empresa que transforma o lixo em madeira biossintética no Rio Grande do Sul e ficamos impressionados com o trabalho que é realizado e de como poderíamos ainda dar uma solução ecológica para os resíduos. Estamos confiantes de que este projeto vai dar certo e será pioneiro em nossa região, um modelo para os outros municípios, afirmou o prefeito.

PROCESSO

Há mais de 20 anos, a empresa pesquisa e desenvolve tecnologias de transformação de resíduos sólidos urbanos e industriais em produtos de alto valor comercial. E um deles é a madeira biossintética (MBS). Ela é produzida com o chamado Composto Biossintético Industrial (CBS), que é proveniente de qualquer detrito – de embalagem plástica a lixo de banheiro.

Na prática, a empresa recolhe o lixo vai desidratar ele, transformando em pó. O procedimento segue, transformando o pó em uma espécie de massa, que pode ser moldada em qualquer modelo em formas. “Com isso o material pode ter várias utilizações, até mesmo casas pré-fabricadas, afirma João Almeida.

Para Magda Lozinski, a iniciativa contribui para ações biosustentáveis de Irati. Esta ação contribui para o meio ambiente, dando uma utilidade para todo o resíduo de lixo e solucionando o problema do aterro, afirma. A empresa terá o direito de vender a madeira biossintética adquirida pelo lixo de Irati, o que gerará imposto ao município.

UTILIZAÇÕES

O material transformado pode ser utilizado de várias formas. Pallets, caixas, plataformas, decks, móveis, pisos, painéis, casas pré-fabricadas, mesas, pisos, bancos, entre outras utilizações. De acordo com o prefeito Jorge Derbli, a Prefeitura estuda adquirir o produto futuramente para instalar no Parque Aquático, que passar por reestruturação, como em bancos e plataformas.

O contrato assinado com a empresa Atena, de Rio de Janeiro, que é autorizada a vender o serviço da EKT, é de 30 anos. Não há custo nenhum. Irati deve ceder um terreno para que a empresa possa operar e todo o lixo municipal. O terreno de aproximadamente dois metros quadrados estamos vendo para que seja no próprio aterro, afirmou o secretário.

Comentários estão fechados.