Quão simples é a vida!

Rozenilda Romaniw Bárbara

A pequena Alice muito real, mas que parece vir de um mundo de fantasia, está convicta que um mundo, ou o mundo de hoje, precisa de respeito, de amor e de humanidade. E dos seus talvez dois anos desta vida, nos diz sem pestanejar, a partir de suas palavras e atitudes, carregadas de convicção que isto foi lhe ensinado pela vida.
Vida, uma palavra que é expressa por quatro letras, duas sílabas, cantadas em prosa e verso, significa a partir do latim “vita”, cujo estado de atividade relacionada aos seres organizados com atividade incessante, um período compreendido entre nascer e morrer, um tempo de existência ou funcionamento de alguma coisa.
Quão simples é a vida! Que sincronia existe em toda sua organização entre os reinos, como a vemos e compreendemos e, como funciona milimetricamente em todos os lugares neste planeta, onde admitimos existir tal qual a conhecemos.
E nesse universo de existir a vida que se expressa em tantas categorias, somos o “topo” enquanto espécie e, assumimos esse papel como aqueles que conduzem todo o restante. Diante das capacidades que fomos adquirindo ao longo do tempo, fomos desenvolvendo o intelecto e a percepção. Fomos capazes de ver, ouvir, observar, analisar, imitar, interagir, diferenciar, associar, criar,e finalmente chegamos onde estamos com conhecimento e domínio plenos. Estamos prontos para deixar as pegadas neste planeta, lembrando de ser um legado já construído por tantos caminhantes que peregrinaram e nos trouxeram em segurança até aqui.
E que tal?, Vem a pequena Alice e nos diz graciosamente que a vida é sim, um grande aprendizado, uma escola que ensina o respeito, o amor como fonte de tudo enquanto humanidade. É Algo simples ou não? Que nos diga Alice, pois para ela, parece que foi preciso tão pouco tempo na escala do tempo, para saber que uma vida se faz de respeito. Tudo isto absurdamente convicta com seus dois aninhos de existência. e nos ensina com simplicidade e nata sabedoria.
Acaso, ela estaria vivendo em outra escala de tempo quando confrontada em relação aos demais?
Porque o que vivemos, como nos comportamos, as atitudes que adotamos enquanto humanidade, parecem estar mais associadas aos versos da canção de Nando Reis, que nos diz, “O que está acontecendo? O mundo está ao contrário e ninguém reparou… O que você está fazendo? Milhões de vasos, nenhuma flor.
É preciso parar e recompor o compasso para semear a paz, a harmonia, o respeito e assumir o papel de atores, para atuarmos com gestos, palavras e ações pelo fim dos preconceitos, pelo fim das opiniões que desqualificam este ou aquele povo, pelo fim do julgamento de atitudes desta ou daquela mulher, pelo fim da rudeza para com as crianças e idosos, pelo fim do ego, hipocrisia e da falta de unidade.
É preciso dar início há um tempo de paz, em que possamos dizer sim para vida. Que a vida tal qual a conhecemos têm início e fim, e que entre estes dois intervalos, ela é para ser vivida. Para isso, tenhamos como norte, os princípios de Alice que já sabe desde muito pequena que uma vida se faz com aquilo que está impregnado o coração de amor, respeito e humanidade.
Cabe ainda acrescentar as palavras de Mário Cortela, Sejamos vida, porque afinal: “ Não é morte que me importa, porque ela é um fato, o que me importa é o que faço da minha vida enquanto minha morte não acontece, para que essa vida não seja banal, superficial, fútil, pequena.

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