Guamiranga encerra neste mês vacinação contra a brucelose

Karina Ludvichak

Após dois meses em execução, se encerra neste mês, o programa de vacinação contra a brucelose bovina, no município de Guamiranga. O projeto está sendo realizado pela segunda vez, com o objetivo de promover o aumento do índice de vacinação de bovídeos contra brucelose e a conscientização de produtores rurais no município. Nesta edição, foi incluído a vacinação de bovinos para imunizar o rebanho contra a raiva e viabilizar o descobrimento de novos abrigos para a prevenção da doença.
A ação é promovida pela Prefeitura Municipal em parceria com a Secretaria de Agricultura, e teve início no mês de julho deste ano. Segundo Cristiane Tabarro Borg, secretária de Agricultura, em 2021, graças ao projeto foram vacinados 577 animais contra a brucelose. E neste ano foram 200 vacinações contra brucelose e 3.129 animais vacinados contra a raiva.
“De acordo com os fatores apresentados, este projeto justifica-se sobre o papel social à ser exercido com essa ação, democratizando e oportunizando a regularização do rebanho a todos aqueles que não tem condições de fazê-lo, embora, a obrigação de cumprir a norma de vacinação de todas as fêmeas bovinas contra brucelose não deveria ser atrelada a condições financeiras”, destaca Cristiane.
A secretária comenta, ainda, que a ação se trata de uma questão de saúde pública, visto que, a brucelose é uma zoonose (enfermidade naturalmente transmissível entre os animais e o homem). Portanto, a partir da primeira vacina oferecida pela pasta, e da regularização efetivada de agricultores que possuem até quinze cabeças de gado, uma vez regularizada a propriedade, a responsabilidade de manter a mesma regular é do produtor.
A vacina contra a brucelose bovina requer uma única aplicação. As novas fêmeas que nascerem na propriedade, a vacinação é por conta do produtor. E nesse caso, cada beneficiário deve assinar um termo de responsabilidade e compromisso.
“A brucelose é uma doença bacteriana contagiosa causada por bactérias do gênero Brucella. Ela ataca diversas espécies animais, principalmente bovinos, impactando na produção de carne e leite. A incidência da brucelose nos rebanhos bovinos causa além de prejuízos na produção, também impacta na exportação de produtos de origem animal. Também é uma zoonose transmitida para humanos através do consumo do leite in natura e do contato com animais doentes”, explica Cristiane a espeito da doença.
Os animais que nunca foram vacinados contra a raiva, precisam de duas doses, aplica-se a primeira dose e após 15 dias é aplicada a segunda dose. A dose de reforço é a partir do 12º mês. Os animais que já foram vacinados, possuem memória imunológica e são vacinados uma única vez. O projeto contempla as duas doses de vacina aos animais que nunca foram vacinados, a dose de reforço é de responsabilidade do proprietário.
Cristiane afirma também, que o impacto dessa ação atingirá diretamente os produtores do município de Guamiranga, regularizando a situação perante à ADAPAR, dessa forma, o índice do município irá elevar-se contribuindo de maneira positiva à nível macro, sendo benéfico ao ranking no Estado do Paraná. No projeto também é incrementado a vacinação contra a raiva, a ação é justificada a partir de um estudo baseado em dados oferecidos pela ADAPAR (2022), em abrigos reconhecidos e cadastrados pelo órgão. A vacinação é realizada em propriedades que estão num raio de até 05 km de um foco identificado e registrado pela ADAPAR.
Cabe à Secretaria de Agricultura, idealizadora do projeto, além de imunizar o rebanho, ter por obrigação orientar os produtores em relação a raiva e sobre a importância da vacinação.O projeto viabiliza o descobrimento de novos abrigos, sendo uma ferramenta a mais para a Defesa Agropecuária, que deve atuar sobre a prevenção da doença.

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