Devotos Iratienses contam histórias de fé no dia de Nossa Senhora Aparecida

Kauana Neitzel

Fé e, acima de tudo, gratidão. É o que move os devotos iratienses durante a peregrinação até o Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo. A Folha traz histórias, em comemoração ao Dia de Nossa Senhora Aparecida,comemorado neste dia 12, de pessoas que movidas pela fé foram ao Santuário, seja de excursão, cavalo e até mesmo bicicleta.

Sempre ouvimos histórias de romeiros de todo país que peregrinam até o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, desta vez, o destaque fica com os personagens Alana Iarek e família, João Lucas Turczyndos Anjos e Marcielo Isidoro Mazzochin. Todos agradecem as conquistas e bênçãos através da fé.

Fotos: Arquivo pessoal

Romaria a cavalo

Neste ano, no dia 30 de abril, após receberem a benção aos pés da Santa da Nossa Senhora das Graças em Irati, uma comitiva formada por nove cavaleiros, sendo eles de Irati, Teixeira Soares e Rio Azul, saiu com destino ao Santuário Nacional de Aparecida. João Lucas Turczyn dos Anjos, que fez parte do grupo, conta que estavam entre jovens e idosos, e uma das principais motivações foi tomada pelo Junior Jacumasso ,para pagar uma promessa.

“Entre os outros participantes, acredito que cada um tinha um propósito e uma motivação com si mesmo, pois não é nada fácil ficar 27 dias na estrada cansado, com chuva, frio, sol durante alguns dias. É uma experiência de vida que só vivenciando para saber”, conta João.

Está foi a primeira vez de oitos pessoas do grupo a realizarem o percurso a cavalo, apenas o seu Quirino Buco estava fazendo a viajem pela terceira vez. Turczyn disse que o grupo pretende ir ao próximo ano novamente, “se Deus e Nossa Senhora Aparecida permitir”. “Acredito que a viagem representa uma devoção muito grande para todos, uma motivação, um foco para irmos até lá”, finaliza João.

Fotos: Arquivo pessoal

Excursão

A família de Alana Vitória Iarek, Andreia do Socorro de Oliveira Iarek, Reginaldo Iarek, Nicole Mariana Iarek e Lizete Maria de Oliveira,conta que a principal motivação de viajar até o Santuário de Aparecida é a fé. “Sempre tivemos muita fé em Aparecida e recebemos muitas bênçãos, experiências de oração muito intensas. Ir pra lá é sempre um momento de alegria e de agradecimento”, conta Alana.Os Iarek viajam de excursão ano sim e ano não, por devoção àpadroeira do Brasil.

Fotos: Arquivo pessoal

Caminho da fé

Marcielo Isidoro Mazzochin e um grupo de amigosrealizaram o ‘O Caminho da Fé’original em 2015,sendo praticamente 600 km de estrada de chão e com trechos de asfalto. O caminho é contornando a Serra da Mantiqueira, ficando entre São Paulo e Minas Gerais. Passando por várias cidades, o início ocorre em São Carlos até chegar em Aparecida. Durante o trajeto, Marcielo foi colecionando carimbos pelos vilarejos que passava, ao todo, foram 35 carimbos, além de lugares que estavam fechados no momento da passagem, o que comprova o percurso percorrido. Marcielo realizou o trajeto em parceria com um amigo que estava indo cumprir uma promessa.

A peregrinação durou entre sete a oito dias, andando uma média de 80 a 100 km, com um dia de descanso. “É um caminho espiritual onde você consegue meditar, refletir sobre várias coisas. As pessoas que estavam junto conosco saíram de casa rezando, falando em algo que estava lá pra buscar e nesse caminho tivemos várias revelações. Quando nos ligávamos para a família, alguém que estava precisando conseguiu resolver o seu problema”, revela.

Uma das grandes surpresas da viajem foi que o irmão de Marcielo iria realizar a romaria como apoio, ele tinha um diagnóstico de hepatite e o médico tinha proibido ele de fazer exercício físico. “Na verdade, no primeiro dia ele pediu para pedalar conosco 30 a 40 km e ele fez a pedalada total. Depois desse dia ele falou: ‘eu vou fazer pedalada porque estou muito confiante que vou conseguir e que, de repente, vou receber uma graça da Nossa Senhora’. E não era para ter pedalado, até pelo diagnóstico médico e ele fez o percurso inteiro conosco, com uma bicicleta que levamos de suporte. Isso foi uma das coisas, também, que entendemos como um sinal de que de fato, a fé move montanhas. Meu irmão quando chegouem casa fez os exames e a hepatite dele estava em um estágio bem bacana. Não teve maiores complicações e foi até bom, espiritualmente e psicologicamente, algo que acabou ajudando-o”, testemunha.

“Para nós, foi um desafio imenso, mas parece aquele velho ditado, Nossa Senhorade fato passou em nossa frente. Tudo correu muito bem, inclusive o cansaço que nós imaginávamos ter nesse tempo que pedalamos não representou muito para nós, porque, de fato, parece que fomos puxados para lá por Nossa Senhora, que gostaria que chegássemos lá para fazer uma adoração para ela”, conta Marcielo.

Por fim, Mazzochin disse à Folha que estão programando uma pedalada para Nossa Senhora do Caravaggio, no Rio Grande do Sul, que vai ser semelhante ao Caminho da Fé, mas com quilometragem um pouco menor. “Essa para Aparecida foi algo realmente muito marcante, é algo inesquecível e nós estamos com uma programação para daqui mais um ano e pouco refazer ela novamente, porque de fato vale a pena”, destaca.

Fotos: Arquivo pessoal

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