Frei Clemente completa 100 anos e é capuchinho mais idoso do Brasil
Kauana Neitzel
O Frei Clemente Vendramin é vigário da paróquia São Francisco de Assis, igreja matriz de Umuarama, no noroeste do Paraná. Ele completou 100 anos de idade nesta quarta-feira (16). Ele acumula passagens por Irati e Santo Antônio da Platina, no norte pioneiro do estado, além de Florianópolis, em Santa Catarina.
Ao longo do seu século de vida, o franciscano já trabalhou na formação de outros freis, estudou em Roma, na Itália, e voltou ao Brasil para atuar nas comunidades. Segundo a Província São Lourenço de Brindes, Clemente é o Frei Capuchinho mais idoso em atividade em todo o Brasil. Ele nasceu no dia 16 de agosto de 1923, em Curitiba, foi ordenado Padre no dia 3 de março de 1946 e faz parte da história desta Diocese.
“Com 10 anos eu saí de casa e nunca mais voltei. […] Só fui vivendo, quando vejo já ‘tô’ chegando aí [aos cem anos]. […] Também não acho uma coisa de outro mundo, porque se eu tivesse feito uma coisa especial… Só fui vivendo, não fiz nada mais que isso, por sorte não bati as botas”, fala o frei Clemente.
Na manhã da última quarta-feira (9), na Paróquia São Francisco de Assis em Umuarama, aconteceu a Coletiva de Imprensa referente aos 100 anos de idade que o Frei Clemente. Durante a conversa, o frei conta que apesar da idade avançada, não pretende se aposentar, “enquanto eu puder, quero continuar. Missas, visitas a capelas, confissões… tudo que precisar. […] Peço a Deus para que possa fazer mais alguma coisa boa”, afirma.
Enquanto eu puder, quero continuar. Missas, visitas a capelas, confissões… tudo que precisar”
Frei Clemente Vendramin
Ao fim da coletiva, o Frei agradeceu a presença de todos, demonstrou a alegria em vivenciar este momento e falou para os jovens sobre vocação. “Espero que tudo o que estão planejando para comemorar este momento seja uma celebração vocacional, que algum jovem veja que vale a pena ser Frei. Em 100 anos, eu posso dizer para vocês, nunca pensei em trocar isso por nada. Jovens tenham coragem de aceitar o chamado de Deus”, finaliza o religioso.
