Advogado suspeito de matar a ex-mulher com 5 tiros em Curitiba se entrega à polícia nesta quinta-feira (3)

Sthefany Brandalise, com informações do G1

O advogado e ex-policial civil, Jaminus Quedaros de Aquino, suspeito de matar a ex-mulher Suelen Rodrigues, que era moradora de Prudentópolis, com cinco tiros na frente dos filhos, se entregou à polícia nesta quinta-feira (3). Conforme a polícia, após se apresentar, o suspeito foi conduzido ao Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

A defesa de Jaminus afirmou, através de nota, que a negociação antes da apresentação foi para garantir que o suspeito ficasse em um local adequado por ser ex-policial civil. A nota diz ainda que o suspeito permaneceu em silêncio por orientação da defesa, porque “no momento é prematuro levantar qualquer tese defensiva”, e que analisa a tragédia com ” o respeito e cautela que se faz necessário”.

Jaminus estava foragido, e perdeu porte de arma após ser alvo de uma medida protetiva movida por Suellen. Seis dias antes do crime, a polícia havia expedido um mandado de prisão preventiva contra o suspeito.

RELEMBRE O CASO

Na segunda-feira (31), por volta das 12h40, Suelen Rodrigues foi morta na frente dos filhos quando levava os mesmos para a escola, no bairro Uberaba, em Curitiba. Segundo a polícia, a vítima foi morta pelo seu ex-marido, com pelo menos cinco tiros. Suelen tinha 29 anos e morreu no local.

A vítima se mudou de Prudentópolis para Curitiba com medo das ameaças que vinha sofrendo do ex-marido. O suspeito também já teve a prisão preventiva decretada por descumprir as medidas protetivas.

As imagens de câmeras de segurança registraram que o carro do assassino estava estacionado em frente à escola. Suelen aparece caminhando com os dois filhos, quando o suspeito sai do veículo correndo em direção a eles. Depois de uma discussão de pelo menos 40 segundos, o homem disparou contra a vítima.

LEI ELEITORAL DIFICULTOU O CUMPRIMENTO DO MANDADO

O cumprimento do mandado de prisão não aconteceu pela regra eleitoral que proíbe a prisão ou detenção de eleitores – salvo exceções – de 5 dias antes, e 48 horas depois das eleições. O calendário eleitoral deste ano estabelece que eleitores não podem ser presos de 25 de outubro, até às 17h do dia 1º de novembro.

O mandado de prisão contra Jaminus foi expedido no dia 25 de outubro, e Suelen foi morta no dia 31 de outubro.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) disse que suspendeu o registro profissional de Jaminus Quedaros de Aquino, e um processo ético disciplinar pode levá-lo à exclusão definitiva da ordem.

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