Audiência Pública para tratar de pessoas em situação de rua tem grande adesão em Imbituva

Kauana Neitzel com assessoria
O município de Imbituva vem enfrentando uma situação delicada em alguns pontos da cidade com a permanência de pessoas em situação de rua. Para tratar sobre o caso, foi realizada uma Audiência Pública, na última terça-feira (07), para discutir com autoridades, comerciantes e comunidade geral sobre os encaminhamentos necessários para acolhimento dessas pessoas.
O poder público, juntamente com os órgãos de segurança, já vem se reunindo para encontrar medidas eficazes e legais para solucionar os inúmeros pedidos da população. A Audiência mostrou o quanto os moradores estão interessados a resolver a situação, pois houve grande adesão do público. A pauta tem sido prioridade para o prefeito Celso Kubaski, entendendo o clamor dos cidadãos que frequentam, principalmente, a rodoviária e as imediações, bem como a capela mortuária e mais alguns pontos da cidade.
Mas ao tratar da situação as autoridades precisam respeitar e cumprir determinações federais. O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou dia 20 de agosto, a determinação para que os municípios proíbam a remoção forçada das pessoas em situação de rua. Nesta decisão, municípios devem efetivar medidas para garantir segurança dos bens e das pessoas em situação de rua dentro de abrigos existentes, com apoio para seus animais, além de proibir o recolhimento forçado de seus pertences, além da proibição da remoção e/ou transporte compulsórios dessa população sem-teto.
O prefeito Celso conta que algumas atitudes já vêm sendo tomadas, “é um problema que precisa de solução, não é fácil. Mas temos adotado medidas, dando, inclusive, oportunidade de renda com o trabalho temporário”, conta. O comandante da PM em Imbituva, Aspirante Juraski, disse que a reunião foi de extrema importância, “foi possível reunir diversos setores para que pudéssemos trazer a visão de cada órgão a respeito da situação que se encontra o município e a partir disso trazer soluções”.
Delegado Thiago Andrade conta que é importante a discussão com a população, pois são estás que convivem diariamente com a situação. “Estivemos orientando a população para caso passem por situações, por exemplo, de importunação sexual procurem a polícia, se passar por constrangimento ilegal, situação de dano, também, procure a polícia. A Polícia Civil está de portas abertas para os cidadãos que frequentemente vem sendo vítimas de crimes perpetuados por essas pessoas”, relata o delegado.
Renata Borsa, que atua na rede de proteção do município conta que a adesão do público surpreendeu positivamente. “Saímos com a sensação de dever cumprido no que propusemos e, também, com o intuito de trabalhar a divulgação e sensibilização da população de como tratar a situação fora dos órgãos governamentais. Trazer mais qualidade de vida para a população sem virar as costas para essas pessoas que estão em situação de rua”, explica.
Foram explanadas todas as abordagens que tem dentro das secretarias, dando ênfase a Assistência Social pelo CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), CRAS, a Rede de Proteção em um todo, trazendo assim informações a todos os presentes.

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