Empoderamento feminino: o poder delas no marketing digital

Esther Kremer

Dia 08 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher e para uma data tão especial, a Folha de Irati convidou as sócias proprietárias da Lady Bug Criativa para saber mais sobre o mundo do marketing digital e do empreendedorismo.

Emanueli Siona trabalha na área do audiovisual e fotografias, na Lady Bug atua como criadora de conteúdo de vídeos e fotos. Amanda Vivi é analista de marketing e atua como estrategista de marcas e designer. Suelen Santana dos Santos é publicitária trabalha como estrategista digital na agência.

O empreendimento completou recentemente, sete meses de existência, e mesmo com o pouco tempo de mercado, carrega uma bagagem forte no ramo e promete excelência no trabalho realizado.

As ladys, como se intitulam, falaram sobre a história da agência e como começaram no ramo do marketing. Emanueli explica que há um ano passou pela transição de carreira e começou a se dedicar ao audiovisual, neste meio tempo ela fez projetos com Amanda e Suelen, que já era dona de outra empresa, e, depois de algum tempo, montaram a agência e entraram “de cabeça” no trabalho.

Segundo Amanda, foi algo novo e, ao mesmo tempo, foi uma experiência boa em poder compartilhar informações de trabalho. “Nós nunca tivemos aquele sentimento de concorrência. Pensamos em não trazer mais concorrência para o mercado, mas sim de unir nossas forças e criar algo juntas”, disse.

“Pensamos em não trazer mais concorrência para o mercado, mas sim de unir nossas forças e criar algo juntas” – Amanda Vivi

O QUE É A LADY BUG?

O surgimento do nome da agência aconteceu após a Emanueli ter acesso a uma lista de possíveis nomes para projetos, feitas pelo seu namorado, e levar opções para suas colegas. Dentre todos, Lady Bug (joaninha, em inglês) foi o destaque e deu nome ao meio de trabalho delas atualmente.

Em relação a logo, Amanda foi responsável pela criação e explica que a ideia das letras torcidas foi para chamar atenção do “bug” e a palavra “lady”, escrita três vezes, estão interligadas, propositalmente. “Uma brincadeira interna nossa, é que, às vezes, estamos ladys e às vezes bug, na maioria das vezes são ondas e até o final do dia isso já aconteceu muito”, comenta.

MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

Um assunto sério, abordado por elas, foi o preconceito com a mulher no mercado de trabalho e cada uma conta sobre situações pelas quais já enfrentaram. “Eu acredito que o preconceito pode vir de várias maneiras, no meu caso foi de forma velada e é preciso saber lidar com isso, entender a situação e como sair dela. Nós, como mulheres, sempre precisamos provar que sabemos e que somos capazes, diferente do homem que não precisa passar por este tipo de situação”, explica Suelen.

Emanueli diz que no seu caso, a área de trabalho é majoritariamente masculina. “Até então, as oportunidades que eu tive de trabalho vieram de outras mulheres, sejam elas empreendedoras ou no audiovisual”.

No caso da Amanda, ela explica que em sua trajetória já enfrentou diversos problemas no mercado, só pelo fato de ser mulher. “Tiveram situações em que minha voz não foi ouvida. Sempre fui comunicativa e quis trazer ideias, mas em algumas situações parecia que minhas ideias não tinham vez e, depois de algum tempo, você começa a pensar que suas ideias não são tão boas, mas eu não parei e senti que aquele não era meu lugar, porque acredito em mim”, disse.

“Refine o seu olhar, trabalhe o seu olhar, explore o seu olhar, pois é a partir dele que as coisas nascem” – Emanueli Siona

COMO COMEÇAR NO EMPREENDEDORISMO

Além de relatarem suas histórias e vivencias, as ladys deixaram alguns conselhos para quem está interessado em iniciar na área do empreendedorismo. “Eu fiquei um ano estudando, me preparando, entendendo o que eu iria ofertar na minha empresa, estruturando-a e guardei um dinheiro até ela ser rentável, pois precisamos nos preparar. É bom se conhecer antes, para começar a empreender”, explica Suelen.

Amanda disse que para quem está começando no marketing digital, o conselho é entender o que pode ser oferecido de melhor para o cliente. “É entender o que torna o teu trabalho especial, entender a área, o mercado e as empresas. Tudo que você se esforça para fazer, tudo que você estuda, com certeza tem resultado”.

Já Emanueli diz que, o seu conselho, na área do audiovisual, é “refine o seu olhar, trabalhe o seu olhar, explore o seu olhar, pois é a partir dele que as coisas nascem. Não é necessário ter os melhores equipamentos do mercado, porque sem um olhar atento, sensível e que transmita o que você sente, não acontece. Então refine o seu olhar, aprenda o que te toca e como isso pode ser explorado”.

Para finalizar, elas deixaram uma mensagem para todas as mulheres que querem iniciar no ramo do empreendedorismo. “Busque a si, autoconhecimento, busque resiliência porque ela é constante no empreendedorismo. Com relação a sua empresa, busque uma base sólida e um crescimento sustentável”, disse Suelen.

OUTRA EMPREENDEDORA NA ÁREA

Cristina Roik atua no ramo há sete anos, iniciou sua carreira no Jornal Folha de Irati e explica que foi onde deu o primeiro passo para se inserir no mundo digital, mesmo que de forma sutil. “Fui me especializando e entrei mesmo neste ramo quando conheci a Franciele Souza que me ofereceu um emprego na empresa onde ela era gerente de marketing. Comecei a fazer cursos e estudar, foi onde me encontrei e depois de um tempo abrimos nossa agência”, disse.


Assim como as mulheres da Lady Bug, Cristina falou sobre os preconceitos enfrentados pela mulher no mercado. “Por ser mulher, o preconceito é maior, muitas vezes ouvimos de pessoas que olham a nossa arte e pensam ‘será que é ela mesmo que fez?’, mas não damos muita importância para isso”, disse.

Na foto, Cristina Roik. Foto: Arquivo pessoal


Ela também deixou um conselho para quem quer iniciar na área e disse “coloque a cara no mundo e comece a trabalhar, seja persistente e perseverante, muita força e vontade. O sentimento do trabalho reconhecido, não há o que pague, é muito bom”.


Para finalizar, Cristina alerta para que as pessoas estudem sobre o marketing digital, pois precisa de muito esforço e investimento para se especializar.

“Somos mulheres fortes e precisamos quebrar muitos paradigmas ainda” – Cristina Roik


“É amplo, abrange muitas coisas, não é um ‘ganhe dinheiro fácil’. Não é apenas fazer uma arte, é muita estratégia, estudo e tem muito por trás de apenas uma arte”.

O trabalho delas pode ser visto pelo Instagram: @ladybug.critativa
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