Radiestesia no campo: a arte secular de encontrar água com forquilhas

Esther Kremer

O morador de Rio Azul, Jaime Catatau, vem desempenhando há mais de 13 anos uma atividade que, para muitos, parece ser impossível de realizar: encontrar fontes de água utilizando a radiestesia, uma técnica milenar que utiliza a forquilha, pêndulos e a bioenergia como instrumentos de busca. Através de seus dons e experiência, Jaime tem se tornado referência no assunto em toda a região e, apenas em Irati, já perfurou mais de 200 poços.
Ele conta que tudo começou quando decidiu abrir um poço em sua chácara. Sem conhecimento prévio sobre radiestesia, ele instintivamente pegou uma forquilha para tentar localizar a fonte de água e um rapaz, que estava realizando o trabalho da abertura do poço, observou o processo e o dom de Jaime, assim, o convidou para trabalhar em conjunto. “É um dom né, eu acredito que seja um dom”, comenta Catatau.
A radiestesia é uma arte antiga que busca detectar vibrações ou energias ocultas em busca de água, minerais, objetos perdidos, entre outros. Na busca pela água, a técnica é frequentemente realizada com o auxílio de uma forquilha ou pêndulo, que reagem à presença de água subterrânea. Embora a eficácia dessa prática seja um tema controverso e não possua comprovação científica, para Jaime, os resultados falam por si.
O radiestesista menciona um método menos conhecido chamado de “sistema de bioenergia”, que utiliza os dedos como instrumento de detecção. Segundo Jaime, ele é um dos poucos que conhece e utiliza essa técnica e acredita estar mais conectada com a energia pessoal de cada indivíduo, tornando o processo ainda mais singular. “Não conheço outras pessoas que usam essa técnica dos dedos. Chamam desse nome, bioenergia e eu faço”.
Em relação ao preço do serviço, Jaime afirma que a procura pela radiestesia tem aumentado, pois as pessoas têm percebido a efetividade da técnica e os benefícios de se obter água de forma mais segura e direcionada. Segundo ele, o custo é justo e o retorno é satisfatório para ambas as partes. “Para achar o poço, eu mais acerto o lugar do que erro e hoje em dia não é mais feito à mão, tudo é feito a partir das máquinas e o preço deste trabalho é bom, compensa bastante”, explica.
Apesar da falta de embasamento científico, a radiestesia continua sendo uma alternativa viável para muitos que buscam fontes de água em locais específicos. O trabalho de Jaime Catatau é um exemplo de como a tradição e o conhecimento empírico podem ser valiosos para a vida humana.

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