Secretária de Educação e Cultura auxilia na emissão da Carteirinha do Autista

Redação

A Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Imbituva está auxiliando pais e responsáveis por pessoas com transtorno do espectro autista no cadastro para aquisição da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA). A iniciativa da Secretaria se deu por conta da dificuldade de responsáveis por pessoas autistas na realização da inscrição no site do Governo Federal. Para realizar a solicitação, basta entrar em contato com a equipe da Secretaria e levar os documentos necessários.
De acordo com o secretário de Educação e Cultura de Imbituva e também vice prefeito, Zaqueu Bobato, foi observado que o número de autistas no município aumentou. “Sendo o autismo um transtorno neurológico caracterizado por alterações na comunicação, na interação social e no comportamento em diferentes graus, julgamos essencial a aquisição desta carteirinha. Ela intensifica a obrigatoriedade do atendimento prioritário em escala nacional a essas pessoas”, aponta.
Conforme Bobato, são atendidos pelo município no ensino regular 11 alunos com diagnóstico fechado de TEA e a APAE conta com 23 alunos com TEA. Até o momento, apenas uma carteirinha foi concluída, porque muitas das pessoas com autismo ainda não possuem toda documentação necessária. Zaqueu afirma ainda que os pais/responsáveis estão sendo contatados para realizar o cadastro por meio de redes sociais e mensagens no Whatsapp.
Maria Andrieli Galvão Maiczuk é mãe de Breno Emanuel Maiczuk, de nove anos, que foi a primeira criança autista do município a ter a carteirinha emitida. Ele tem autismo não verbal, ou seja, não fala e também tem epilepsia controlada por medicamentos e má formação do cérebro. Maria conta que quando viu que poderia obter o documento começou a disseminar a informação para outras pessoas que poderiam utilizar do recurso.
Contudo, a mãe de Breno aponta que tem muitas pessoas humildes e que não tem acesso à internet ou não sabem alimentar o site com a série de documentos necessários para completar o cadastro. Levando isso em consideração, Maria e ntrou em contato com a Prefeitura para auxiliar essas pessoas.
Quando a carteirinha de Breno foi emitida, encorajou a Secretaria de Educação e Cultura a auxiliar outros pais/responsáveis para fazer o pedido da carteirinha. Maria assegura que “o objetivo da Secretaria não é só ajudar no cadastro, mas também fazer um levantamento da quantidade de pessoas que têm autismo em Imbituva”.
Para a mãe, a partir do momento que alguém se prontifica a fazer a carteirinha pelos responsáveis pela pessoa com TEA, o processo não é demorado. O que pode demorar é a aquisição dos documentos, porque o sistema só aceita a solicitação quando todos são encaminhados. Depois que tudo está no sistema, o prazo é de cerca de três dias para a emissão.
Maria finaliza destacando que sua luta diária é para tornar seu filho cada vez mais independente e procurando recursos para que ele não sofra no futuro. “Existe tanta barreira na inclusão que tanto se fala, e a gente vai fazendo o que pode”.

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