THEODORO CICHEWICZ

Luiza Nelma Fillus

Theodoro Cichewicz, nascido em 1871, de descendência polonesa, filho de Mathias e Maria Cichewicz, casou-se com Antonia Miedzinska, filha de Estanislau e Antonia Miedzinska, aos 11 de outubro de 1913, em Irati.

Iniciou seu comércio em 1920, e, em 1927, transferiu-se para um casarão construído em 1913, pelo alemão Franz Walter. Infelizmente, a belíssima construção foi demolida, mas restaram as fotos em livros e revistas de Irati, que encantam até hoje pela arquitetura suntuosa. Localizava-se aproximadamente a duas quadras abaixo da Estação Ferroviária de Irati.

No livro “Os Poloneses no Brasil – Subsídios para o problema da colonização polonesa no Brasil”, editado em 2005, de autoria do Cônsul Polonês no Brasil, senhor Kazimierz Gluchowski, que visitou Irati nos anos 20, assim se manifesta em relação ao nosso biografado:

“O comércio é representado principalmente na vila (Irati) e bastante seriamente. A loja de Teodoro Cichewicz é também imponente loja polonesa fora de Curitiba. Essa firma é muito séria em todos os aspectos”. (p. 75)

Também, o professor José Maria Orreda, na Revista Irati, teu nome é Economia, 2007, faz a seguinte afirmação:

“Casa Progresso do Capitão Theodoro Cichewicz está entre as grandes casas comerciais do Paraná”. (p. 53)

Também encontramos no Jornal Espalha Brasa, editado em Irati, 14 de novembro de 1927, a seguinte propaganda desse estabelecimento comercial nos seguintes termos:

“Casa Progresso de Theodoro Cichewicz avisa a sua muito numerosa e distinta clientela que já se instalada definitivamente no seu novo prédio, com todos os artigos de seu comércio, como anteriormente: Especialidade: Ferramentas, louças, tintas, óleos, armas e munições. Secção de tecidos, armarinho, roupas feitas, chapéus, perfumes e caçados.  Grande armazém de Secos e molhados em geral”. (p.16)

Encontramos, hoje, 20 de fevereiro de 2022, com uma moradora de Irati, que guarda com enorme carinho, jogos de chá e café de porcelanas, jarros de cristais e jogos de chá e café de prata, todos de um requinte ímpar, que foram adquiridos na Casa Progresso.

No Jornal Central, sem data, que circulou em Irati, trazia propaganda da Casa Progresso, nos seguintes termos:

Acaba de receber tecidos finos para verão. Como também, receberá durante o mês corrente, muitas novidades em tecidos e artigos da moda. Avisa também aos amantes de football que receberá todos os artigos referentes esse sport.

A Casa Progresso, nos anos 40, foi adquirida pela família de Waldemar Pohl.

Casa Progresso uma das maiores lojas do Paraná. Ficou para sempre na memória dos iratienses – Foto do livro Irati, teu nome é economia

Na vida política, Theodoro Cichewicz foi camarista, como eram denominados os vereadores da época, eleito por três vezes, ou seja, em 1916, em 1920, em 1926 a 1930, sendo Presidente da Câmara de 1928 a 1930.

De acordo com o livro Irati 100 anos dos autores Chico Guil, Audrey Lilia Souza Farah e Silvio José Phillipi, encontramos a respeito de Theodoro Cichewiz:

“Membro do Partido Republicano Paranaense, Teodoro Cichewicz elegeu-se camarista em 1916, mas seu mandato foi cassado no ano seguinte. Havia indícios de que ele fazia parte da reserva do exército prussiano. Retornou à Câmara em 1928”. (p. 45).

Também na ata nº 5 da 3ª reunião ordinária da Câmara Municipal de Irati de 14 de julho de 1929, cujo presidente era Teodoro Cichevicz, foi decretado e aprovado o projeto de Lei nº 93, que sanciona:

Artigo1: Fica autorizado o Poder Executivo a adquirir a área de terreno necessária para uma praça a ser feita em frente à Igreja Matriz.

Artigo 2: As despesas deverão correr por conta da verba de Obras Públicas.

Os vereadores da época eram: Teodoro Cichewicz, Alcides Boese, Abib Mansur, João de Mattos Pessoa e Luiz da Silva Zelenski. p. 153 (verso)

Esclarecemos que se refere à Praça da Bandeira que foi inaugurada em 25 de agosto de 1941.

Em 02 de dezembro de 1960, o prefeito municipal de Irati, Edgard Andrade Gomes, sancionou a lei 237, que denomina a travessa que partindo da Rua 15 de Novembro, ao lado do Hospital São Vicente de Paulo, até a Rua 15 de Julho e seu prolongamento, com o nome de Theodoro Cichewicz.

Sua esposa veio a falecer em 25 de abril de 1941, e Teodoro Cichewicz faleceu em 20 de abril de 1945.

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